Não somos tão ousados quanto a ti, que se intitula o “maior mitologo” do Brasil. Enfim, onde fica Juninto Brandão?
Mas meu propósito neste comentário é outro, comentar o seu “comentário sobre o GOP”.
Certamente você é um voraz escritor e propicia um volume alto de conteúdo de qualidade para os Internautas. Porém, as vezes é preciso tecer um cojunto maior de argumentos para não ser injusto com este ou com aquele.
Neste caso, penso que sua contribuição no que toca a Maçonaria Regular e não-regular é pertinente, mas é preciso fazer algumas ressalvas.
Dizer, por vias inderetas, que o GOP é o mesmo que o GLOB é ser displicente na escrita. Sabemos muito bem que existem Lojas e Potências que são fantasias de alguns irmãos(lembre-se que o Fiorino foi do GOB), mas que existem trabalhos relevantes e de fato independentes.
Sabemos que existem muitas Lojas cassa-niquel que se dizem Idependente, mas não podemos nos furtar da prerrogativa de uma Loja de assim ser e que existem Lojas Independentes de fato. Certamente estas Lojas não surgiram assim; estavam em uma Potência e decidiram se desvincular. Outra características destas Loja é que elas não surgiram no advento da internet.
Ainda o que caracteriza estas Lojas Indepedentes é o seu patrimônio vultoso e toda a benemerência Maçônica que ali acontece sem apoio de Potencia Y ou X.
Veja o quanto é complexo o pensamento sobre Lojas Idependentes. No caso da Potências podemos dizer o mesmo. Como você mesmo sabe, mas o leitor leigo não, podemos ver no próprio site de vossa Potência (http://www.maconaria.srv.br/) no tópico sobre Maçonaria Regular, uma ótima explicação e na qual figura o GOP que é filiado á COMAB como sendo uma Potência Regular.
A discussão de Regularidade não pode se furtar de questões do tipo: Sim, a Grande Loja Unidada da Inglaterra é quem consede o título. Pois bem, vem uma pergunta: Mas quem delegou a ela este direito Natural? Não soa por demais estranho para uma Instituição que apregoa o primado da razão e de ser promotoras das tais Independência dos EUA se apegar a um modelo ou uma tradição que mais lembra as Monarquias?
Enfim, caro Del Débio, temos ainda, no contexto de Regular, que dizer das brigas políticas entre Ingleses e Franceses. É histórico o fato de que inglês não gosta de francês e vive-versa. Sabemos, também que na Inglaterra a monarquia se ajeitou e manteve-se no poder após as revoluções políticas e industrial que varreu a Europa. O que não ocorreu na França, na qual houve profunda ruptura com a Monarquia e, sobreutudo, com a Igreja.
Certamente a Maçonaria que vingou na Inglaterra absorveu estes traços da monarquia, da tradição; e portanto se “acha” no direito de dizer que ela é A Maçonaria. Ao contrário, daquilo que prosperou nos EUA ou na França, a coisa tomou outros rumos. Na França, donde vem inclusive a idéia de Grande Oriente, do qual você faz parte, vamos obsevar uma recusa desta subseviência aos ingleses e suas idéias.
Como haviam feito uma ruptura com a idéia medieval de Direito Natural, de que o poder do Rei é de Deus, a Maçonaria aí se recusou a professar uma religião, na tentativa democrática de permitir que os membros da Loja fizesse sua escolha de credo como opção livre de cada indivíduo.
Enfim, falar de Maçonaria é estar atento a complexidade do real. Não dá para ser simplista, pois se assim procedermos cairemos no dogmatismo, enquanto pensamento anacrônico, e corremos o risco de proferir bonitos idéias iluministas, mas sermos exatamente o contrário disto.
Um TFA
da Academia Maçônica de Filosofia
Or. de são paulo
ARLS LUZ, PAZ E JUSTIÇA, N 308, GOP – COMAB
Av. do Rio Bonito, 72
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