Lojas Diferentes na Barra Funda.

Lojas Diferentes na Barra Funda.
A reflexão sobre Lojas Diferentes é longa e não podemos abrevia-la sob pena de sermos injustos.
Para o público que procura a Maçonaria via Internet é preciso esclarecer que há tipos e tipos de Maçonaria. É preciso ter calma na definição, pois existe muitas variações.

No Brasil temos três grupos que denomino de Históricos (GOB, COMAB e CMSB). Em geral, pelo interior do Brasil, quando você, leigo, ver uma Loja Maçônica ela estará ligada a um deste grupos. Já nas cidade grandes, Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, etc. é comum outros grupos se formarem. O termo que o primeiro grupo denominas estes é de “expúrios”. O termo é jocoso, e em alguns casos mesmo injustos. Uma Loja Maçônica Pode existir sem pertencer a estes grupos? Em termos ontológicos pensamos que sim, porém, a participação do grupo Histórico garante algumas coisas. Entre elas os tão sonhados contatos em Lojas do Brasil e no Exterior. Porém, ser maçom não se reduz a isto, da mesma forma que ser cristão não está ligado em ser católico ou protestante. Neste sentido, ser maçom está ligado a uma prática, a um conjunto de estudos.

Apesar desta possibilidade, o grupo Histórico, por questões de disciplina e tradição, prefere regular a coisa e como prática não reconhece os trabalhos destes grupos como sendo maçônicos;

As Lojas Diferentes podem ser divididas em dois grupos. Uma tem o puro interesse em ganhar dinheiro com a Maçonaria. Outra, advém de cisões de grandes grupos de Maçons e Lojas dentro de uma das três Potências. É o caso da Primeira Grande Loja Symbólica Nacional Brasileira que, após disputas na Justiça, teve que adotar o nome Simbólica Brasileira.

Os que fazem da maçonaria uma fonte de renda podem ainda ser dividido em dois grupos. Uns são verdadeiros estelionatários e não tem método,vai longo retirando dinheiro de iniciação sem rodeios ou explicação. Este são poucos e longo caem, pois todos se revoltam contra eles. Porém, tem outro tipo, mais hábil, discreto, e  que opera dentro da lógica capitalista. Ele não fere este princípios e, portanto, passam desapercebido.

E como não ferir o princípio capitalista e ganhar dinheiro com Maçonaria? Primeiro é bom já ter sido maçom, para compreender bem como funciona a filosofia maçônica. Depois, você precisa ser bom em comunicação e estratégia de captação de novos membros. Com a internet ficou muito fácil encontrar pessoas interessadas em Maçonaria.

Você começa pela construção do templo.(25000 reais ou mais) Você pode passar parte desta divida para uma Loja, e outra parte para outra Loja. Além desta divida pode-se alugar o templo 7 dias por semana.  Os valores nunca são a divisão dos custos reais, mas é como se a cada aluguel você pagasse todo o custo do uso da Loja durante todos os dias da semana. Ou seja, o aluguel de 1 ou 2 Lojas já cobra os gastos, os demais aluguéis entra como lucro ou “retorno do dinheiro que o irmão investiu na construção do templo”.

Para simplificar, você faz 7 aluguéis do mesmo imóvel.

Como se pode notar esta lógica não perverte o capital. Portanto não há crime nisto. Um outro movimento se faz necessário para sustentar o negócio. Estes Irmãos ‘patriarcas’, pessoas muito agradáveis, forjam uma convivência contigo. Ao final da seção da Loja lá estão eles na pizzaria festejando com todo entusiasmo um convívio que você pensa ser verdadeiro. Porém, eles lhe dizem que é preciso crescer, afinal maçonaria é algo muito legal. Outras pessoas precisam conhecer esta fraternidade “verdadeira”, algo fantástico. (enquanto isto você está pagando uma pequena mensalidade que serve a dois fins: pagar o aluguel e fazer um fundo de socorro mútuo. Mais uma vez não é crime, pois todos sabemos que há despesas e é preciso pagar aluguel. O fundo é uma maravilha, pois concretiza o mito maçônico de ajuda. Você contribui sem rodeios e de livre vontade; o que não é criem algum)

Em breve irão lhe envolver na fundação de outra Loja, você irá assumir cargo importante e se for preciso, se não houver mais pessoas, lhe farão sair do grau 1 ao 3 em poucos meses e em alguns dias você já estará apto para coordenar uma Loja. Tudo isto com um belo discurso de que estais tendo uma brilhante oportunidade que jamais teria em outras Lojas.

Neste meio aparece o assunto Regular e expúria. Mais que depressa montam um belo discurso que é verdadeiro. Dizem que as Lojas Regulares são avarentas, atrasadas, desleixada, que lá tem muitos picaretas; enfim, verdade. Com isto os novos iniciados passam a defender a causa do “fundador” com todo os esforços. Afinal ali tudo é justo e perfeito e o termo de expúrio que é atribuído a eles cai facilmente. Ora, o termo carrega em si um ar de que se trata de algo contra a Lei, que é crime, etc. Porém, os membros, pessoas com certa racionalidade, logo observam que os trabalhos não tem nada de criminoso e em termos Legais não tem mesmo. O que os faz querer salvar o “fundador” dos injustos; monta-se um verdadeiro aparato de defesa; os Regulares parecem ser gente soberba, como ousam atacar o fundador? Qual injustos este são para com esta pessoa dócil, bem vestida, agradável…

Porém, uma verdade está escondida. Não há nada de ilegal, o interesse de quem funda estes projetos é aplicar dinheiro e ter retorno. (O que é perfeitamente legal e normal.) Não são motivados por filosofia ou ideais utópicos, mas com finalidade monetária.

A verdade é: Quando se passa uns 2 anos, no máximo, a Loja, aquela fraternidade profunda que rolava, acaba. Planta-se algum problema que faz com que a Loja vá para outro lugar ou acabe.

Este é o fim das Lojas criadas com a unica finalidade de fazer dinheiro. O fazer dinheiro é todo legalizado e nada pode ser caracterizado como crime, e de fato não é. Vence-se os irmãos da Loja pelo cansaço. Alguns desistem por questões “profanas”. (Sabe aquele dinheiro que você pagava para o tal fundo de ajuda; esqueça; perdeu). Outros procuram as Lojas Regulares e saem…

Para os fundadores estes são desertores, ingratos.

A questão portanto é de ordem filosófica. A mentira ou má fé se inscreve não no plano da Legalidade, mas no de princípio. São falsos maçons no sentido que não havia fraternidade, mas dinheiro investido que precisava dar retorno.

Ainda no plano filosófico, estes indivíduos, iniciados em Lojas Regular, fizeram outra transgressão. Em geral juramos não sair por aí e montar um “negócio” com o conteúdo apreendido dentro da Maçonaria. Enfim, este compromisso, que não gera efeitos Legais, apenas morais, é logo esquecido e os tais “empresários do ramo imobiliário” tem em mãos um negócio lucrativo.

Em outro post espero poder falar ainda mais sobre os emaranhados psicológicos de que se valem as tais Lojas Expúrias e com fins monetários.

Existem Lojas Independentes, mas estas são pseudo-independentes.

Ir. Almeida.
da Academia Maçônica de Filosofia.

As lojas abaixo não pertecem aos grupos Históricos.

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editado (pertecente á uma dita Potência que não faz parte dos Três grupos históricos. GOB, COMAB e CMS) editado
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