Gurdjieff, picareta ou Mestre?

Gurdjieff, picareta ou Mestre?

Certamente o “buscador” já se deparou com alguma literatura sobre Gurdjieff e logo se perguntou: afinal se trata de um individuo iluminado ou masoquista?

Antes, de modo exotérico, algumas explicações.

Esclarecimentos: o que é um buscador? depois qual a diferença entre esotérico e exotérico? Por fim, Gurdjieff.

Se diz buscador em português para uma pessoa que sente que há algo além; muitas das vezes esse sentimento de incompletude é tido como uma infelicidade, uma dificuldade tremenda de estar feliz e dando risadas como a maiorias das pessoas. Alguns chegam até mesmo ser considerados como pessoas inúteis.

Certamente há os inúteis, muitos deles se consideram felizes e aceitam as explicações mais simples sobre a vida. Curtem a vida, seja torcendo para o time ou vendo a novela, enfim, a vida está bem para a grande maioria.

Ainda outros vão para as igrejas e se contentam com as explicações rasas dos padres ou pastores. Que sempre reduzem a complexidade da vida aos funcionais dogmas, extirpando na pessoa qualquer impulso para saber mais. Se os cientistas ficassem a reboque do dogmatismo não teriam nos dias de hoje alguns benefícios da medicina ou das engenharias.

Passado por esses vale de ignorância os “buscadores” continuam insatisfeitos e notam que suas perguntas ainda estão lá. A procura de respostas.Um buscador pode nascer em qualquer familia, seja lá dos corregos dos cantões de Minas Gerais ou do Amazonas. Seja ele dos confins do nordeste, caso do fundador do Santo Daime, ou das grandes cidades. Não há regra para saber de onde surge um buscador. Só vamos notar quando ele já deixar um rastro de sua busca.

Isso é um buscador. Não se compraz com leitura de auto-ajuda e tem uma vasta cultura universal que ele coloca à disposição de pensar a condição humano nos mais altos píncaros. Geralmente deixam contribuições valiosas para a elevação do ser animal em ser humano.

ESOTÉRICO E EXOTÉRICO. 

O buscador entra em contatos com conhecimentos mais elevados. Estranho aos olhos do grade público, acostumado às novelas e ao futebol, e por isso ele procura estabelecer métodos para dizer desses saberes às pessoas, pois o buscador e mestre não sabe quem é o melhor discípulo. Ele não faz as distinções por dinheiro ou nascimento, é preciso lançar a rede e ver que fica nela.

É preciso dizer a todos para ver quem vai captar a mensagem. Nesse sentido surge os dois termos ESOTÉRICOS E EXOTÉRICOS.  Um é para todos os curiosos, donde irá surgir aqueles que tem condições de aprofundar seus saberes. Para esse chamamos exotéricos, com x, para sinalizar que é para os de fora. Identificado quem serão os discípulos, os estudos tem outro ritmo e profundidade. Esses são poucos e as instruções se dão de modo mais privado, donde surge o termo esotérico, com s, para designar os de dentro. 

POR FIM GURDJIEFF

Ao fazer a leitura do livro de Thomas de Hartmann, que ainda não terminei, vem a mente quem é Gurdjieff. Em geral é assim em literatura de língua de expressão portuguesa. Mostra-se os Mestres e esconde suas contradições. Assim me parece Blavaski,(Teosofia) Steiner (Antroposofia) e por aí vai.
Gurdjieff não é diferente, no Brasil, tem algumas coisas dele, mas só as boas. No livro em questão me parece muito louco a personalidade do tal Mestre,  e tudo parece ser tão lindo, mesmo as mais bestiais psicologias patológicas.

Gurdjieff me parece muito egoísta, possessivo, e claramente sado-masoquista. Na descrição de Hartmann, outra mentalidade bem estranha por se submeter junto com sua mulher aos ditames quase de um menage-a-troia, não para acreditar em uma mente sadia de Gurdjieff. Ou mesmo um claro movimento de divinação até mesmo das fezes do mestre por parte de Hartmann.

Recentemente vasculhando a internet encontrei um artigo de um professor dos USA que dizia pontos não muito interessantes desse aloprado russo. (prometo em outro artigo encontrar e demonstrar as fontes). Entre as acusações estava a de manter relações sexuais com suas alunas e de filhos extraconjugais nos USA.

Enfim, é preciso debater os pensamentos dos Mestres, mas ter sempre claro que suas indiciocracias devem ser postas na mesa e questionadas até que ponto não são meras doenças.

Ir. Me. Almeida, MM


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