O mundo pode acabar ou não, mas é fato que estamos acabando com ele. O ano de 2012 é uma dada que vem ganhando volume como data do fim do mundo.
Antes de pensar se o mundo vai ou não acabar é bom darmos uma olhada na história. Iremos verificar que essa história de fim de mundo já se repetiu de várias formas e épocas. Teólogos até a chamam de milenarista e já no século III da época cristã pode-se observar o fenômeno.
Em geral essa ideia ganha forças a partir de condições sociais de frustração. Pode-se verificar essas teorias ganhar força entre grandes contingentes de pessoas que estão à margem do sistema social vigente.
Nos dias de hoje temos as condições ideais para tal “sentimento” de medo retorne. Talvez a novidade nos nossos dias é que tal anseio humano seja coopitado pela lógica do consumo e se transforme em produto suscetível de ser vendido.
As condições dos nossos dias podem ser descrita pela palavra “frustração”. A falta de sentido ou o excesso de promessas da lógica do consumo tem gerado as condições de uma “histeria” coletiva. A ideia fatalista de fim de mundo revela muito mais a frustração de não poder consumir o último produto da moda.
Se o mundo acabar, pouco temos o que fazer. Como já dizia Pascal sobre acreditar ou não em Deus, podemos dizer que o melhor mesmo é levarmos a vida como se o mundo continuasse a existir. Se ele acabar o que devemos fazer?
AMF
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