Fetiche é quando o humano passa a fazer uso diferente da sua função de um objeto. Dito de outro modo, o fetiche é uma projeção humana sobre algo. Projeção que retira ou ignora a função originária da coisa.
A palavra fetiche está muito ligada à sexo, ou seja, fetiche sexual. Contudo, não se reduz a isso, existem fetiches em várias outras coisas. Por exemplo, quando passamos a utilizar o carro não como meio de transporte, mas como forma de exercer status social estamos transformando o carro em fetiche.
Nesse sentido a Maçonaria passou a ser um fetiche. Nos dias de hoje a maçonaria carrega em sim uma ambigüidade: escola filosófica ou sociabilidade?
O que fundamenta a Maçonaria e dá “liga” nas coisas é a Filosofia. Sem fundamento, sem justificativa, qualquer fazer humano perde o sentido de ser. Nesse sentido o mais importante dentro da Maçonaria é a Filosofia de origem Iluminista (com tudo que implica o vasto movimento iluminista na europa; até mesmo a busca por origens clássicas; do antigo égito)
Porém, os motivos de muitos que afluem à Maçonaria são outros. Os mais sinceros vão em busca de convivência, de fraternidade, de um lugar agradável para a vida fraterna. Os menos sinceros vão para fazer negócio.(estes ficam no máximo 2anos)
Nos dois casos podemos notar que o estudo da Filosofia que “dá liga” a toda a Confraria não é o objetivo. O que pode ser considerado como uma ligeira modificação dos propósitos da Instituição. Operando, portanto, uma “fetichisação” da Instituição.
Maçonaria é antes de tudo estudo. Mas como uma Instituição desta convive em um país no qual 80% da população é oficialmente considerada “analfabeto funcional” e 15% analfabeto total?
Nos quadros da Maçonaria, uma sociedade eminentemente de estudos, quantos analfabetos funcional existem?
TFA