A 3a. Guerra mundial terá seu início ao vivo
(Foram feitos ajustes gramatical no texto em 2022 e pequenos ajustes em alguns parágrafos. De resto o texto continua igual ao de 2012.)
LOPES DE ALMEIDA, Cídio. A 3a. Guerra mundial terá seu início ao vivo. São Paulo: AMF3. 2012. Acessível em:https://amf3.com.br/3-guerra-mundial-tera-seu-inicio-ao/
O esquema acima segue um princípio da Filosofia Indiana sobre relações externas. Porém, como não se tem informações suficientes, fica difícil determinar o papel específico de ator nessa nova guerra com data marcada para começar.
No centro da burrice humana, a guerra é o elemento menos humano dos humanos, tem dois atores. Fora dele, nos extremos, encontram-se 4 “diretores” dessa cena que irá ter como palco o oriente médio.
O USA está em desespero para manter-se como país hegemônico do mundo. Porém, por problemas internos e por ascensão da China, a coisa para os próximos 30 anos não tem boas perspectivas para essa hegemonia.
A China não tem interesse que os USA quebre, pois se isso acontecer hoje, é provável que ela vá junto. Mas a China tem interesse em ultrapassar os USA, e isso se dará no modelo zumbi, isto é, é preciso matar a alma do USA sem eliminar seu corpo, pois ele serve de morada para os interesses do Poder Chinês. Isso é uma novidade na guerra, aliás, já experimentado com a doutrina Machal ou “plano Marchal”. (Alemana e Japão/Coréia do Sul)
A Rússia como qualquer outro pais, tem seus interesses na geopolítica. Ela tem interesse direto nesse cenário, tal qual os outros. Aliada do Irã na medida em que ele serve a ela. Mantendo o cenário ruim do jeito que tá ou pior, a Rússia continua a ser a única fornecedora de Gás para a Europa. O que todos os outros que tem gás e petróleo não pensam diferente.
A União Europeia é a figura que tem que correr para tirar proveito, se não fica fora do jogo. França e Inglaterra podem ser descritas de modo caricato com aquele “animal” que pega a sobra. Lembro-me dos memoráveis documentários sobre a fauna de parte da África e longamente explorado pela Discovery. Os dois atores da U.E. são aqueles que estão correndo atrás daquilo que perderam desde a 2Grande Guerra, sua posição hegemônica em pilhar o mundo. É bom lembrarmos que a Inglaterra minou o império Otomano e tem ganhado dividendos com o espólio ainda hoje. A França procurou pegar algumas partes.
Nos dois círculos centrais estão todos os atores que irão participar da “Grande Burrice”. Israel é um posto militar avançado dos USA, travestido de Estado, ainda que não está em causa o seu direito de ser, apenas a forma como tem-se colocado no jogo geopolítico. O Irã é a vítima da vez.
Pinta-se o Irã como sendo a besta. Os meios de comunicação contribuem para que se forme uma imagem horrenda do pais persa. E nós que nos achamos modernos (melhores) dos que as histórias da carochinha da Idade Média.
Essa mesma mídia nunca se reporta aos aliados dos USA como sendo bestiais. Os atores do 11 de setembro eram quase todos, a grande maioria, da Arábia “Saudita”(pois se trata de ser uma propriedade da família Saudita). Porém o Afeganistão foi atacado. Como assim, enfim, lá tinhas os feios e barbudos dos Talibã.
Os dois atores centrais desse filme de tragédia são Israel e Irá.
No entorno desse palco, estarão vários países. O posicionamento de cada um dependerá da interferência dos “diretores”.
Por exemplo, se tomarmos a Armênia, Turquia, Geórgia e Azerbaijão temos um imbricado jogo de interesse. A Geórgia já sofreu recentemente uma incursão da Rússia. A Rússia impôs que duas províncias da Geórgia se tornasse independentes. Abikassia e a Ossétia do Sul. Tudo isso pelo fato da Geórgia ser um entreposto dos USA e atrapalhar os interesses da Rússia com a Armênia. Por sua vez, a Armênia tem lá seus problemas com a Turquia e teve que fazer aliança histórica com a URSS e agora com a Rússia. A Armênia sem a aliança com a Rússia certamente será atacada pela Turquia.
Outros conflitos da região terão cunho étnico. Será regiões de cultura turca contra persa, e assim vai.
Indiferente ao inferno que milhares irão viver, os três grandes diretos estão preocupados em pegar o restante da energia que existe na região.
Sendo otimista, os efeitos desse teatro terão repercussão para fora do palco. Digamos que alguns da plateia do teatro poderão querer aproveitar a euforia e começar a atuar também.
Temos várias possibilidades, que vão do Tibet e China, Coreia do Norte e Sul até a Argentina e Inglaterra. No caso mais próximo ao Brasil, vale notar alguns movimentos. Recentemente a Inglaterra enviou o Príncipe Herdeiro para as Ilhas Malvinas. Junto, segundo o governo Argentino, um submarino nuclear. Enfim, parece ser certo que se a coisa desandar no oriente médio a Argentina não irá perder a oportunidade.
Tudo isso parece ficção ou coisa desses aloprados que ficam falando do fim do mundo. Porém, tem muito evidências rolando. É só fazer a ligação.
Enfim, para finalizar, certamente o início desse espetáculo mórbido será televisionado. Como foi a “guerra” do Iraque. Aliás, será “tuitada” e “faceibucada”. O problema será depois do primeiro intervalo. Ninguém sabe se o resto irá passar na televisão.
AMF
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