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22 de julho de 2015 por cidiolopes

O presente: um tempo acossado ora pelo passado, ora pelo futuro!

O presente: um tempo acossado ora pelo passado, ora pelo futuro!
22 de julho de 2015 por cidiolopes
O tempo presente é um problema. Primeiro por sua natureza, depois por seu poder político em relação aos demais tempo.

Nas sociedades Tradicionais o passado tende a esmagar o presente; a autoridade reside no passado, na verdade na duração por sucessivos presentes e por isso sua validade.

Nas sociedades modernas, que encontrou o eldorado da técnica, o futuro tende a achatar o presente, pois no futuro tudo se realizará; todas as questões do presente encontrarão a melhor saída no futuro. O novo celular me fará mais feliz.

Contudo o presente me parece que é o único que existe de fato, porém, em termos lógicos, ele é mero instante que cede lugar ao passado ou é contigenciado ao futuro.

O que podemos constatar hoje em dia é exatamente a dificuldade de viver o momento presente, mas como explicar o tal “imediatismo”?

Tal imediatismo parece-nos ser apenas um problema de memória; o que há de fato é o banimento do passado e a submissão ao futuro. A alienação que podemos constatar se dá no pseudo imediatismo, que é na verdade uma submissão à mercadoria. O tal imediatismo não é uma atenção consciente ao presente, mas um entregar-se de modo impensado ao deleite da mercadoria.

Somos todos alienados, estamos na expectativa do futuro de modo que nunca vivemos o presente. O afã com que se lança sobre o uso das coisas, que gera a falsa aparência de viver o momento,  é na verdade uma vivência do não tempo presente. Não tem nada de imediatismo, como se fossemos um monge budista que através de muito meditação, concentração, exercícios espirituais, alcançasse uma vida do instante.

Mas porque o imediatismo tem cara de instante?  Ora, por não ter passado. Somos habituados a definir o presente exatamente por aquilo que perdura ao longo do tempo, portanto do passado. Sem esse acúmulo de instante na memória, não temos como dizer sobre algo ou alguém. Somos esse acúmulo de ações e acumulamos tais ações na memória. Sem a memória, que agora foi varrida para dar lugar às aspirações de futuro, temos a sensação de que as ações do presente não fazem sentido.

O futuro ocupa-nos de modo peculiar. Pois ele é apenas possibilidade e por ter essa natureza ele padece por dois motivos. Em primeiro lugar ele é projeção e como tal ignora à realidade ou uma dimensão que nos faz ter que pensar a contradição de tais “viagens na maionese”. Em segundo lugar, tais projeções nunca se inscrevem na história das pessoas, tais projeções mudam sempre, ou a cada vez que chegamos perto ela torna a ser lançada um pouco mais adiante. De modo que não se “concretiza” nunca e não poderá ser tomada como sendo pare da histórica da pessoa.

Nos dois modelos de vida e sociedade, temos a tendência de achatar o presente. Os tradicionalista elimina o novo, as novidades, acossa a ideia de liberdade. Os futuristas pulverizam e volatilizam a vida humana na medida em que o futuro nunca se encarna, mas fica sempre no vagar aleatório das projeções.

O imediatismo não é imediato, ele é um flanar existencial.

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