Porém, se você disser fiz doutorado nos “Estadusunidos” logo arranca: pô, o cara é bão. Se disser que fez na Europa todos também vão dizer o mesmo; Há, se disser que em portugal, vão logo dar risadas como no caso do Paraguay, é que para esses Portugal é um lugar no norte da África e todos são burros.
É interessante como esses “sábios da padoca” aferem os privilégios escamoteados de direito e mérito em solo brasileiro.
Não conseguem por exemplo distinguir a qualidade Educacional da Argentina frente ao Brasil. Não conseguem distinguir que nos “istadusunidos” tem coisa para todos os tipos e gosto. E não conseguem desvendar o jogo de privilégios das Universidade dita boas por aqui.
No Brasil, como nos USA donde tudo se copia, houve uma escolarização da pós-graduação. A desculpa é que os alunos ficaram mais burros e precisam de mais aulas. Enfim, não seria o caso de acabar com as aulas? (Façamos a leitura de Ivan Ilich e seu discipulo que escreveu: A escola está morta); A questão que não se inova na pós, mas se trabalha para alguém.
Tudo bem que um professor deve desenvolver seu trabalho e que isso leva 30 a 40 anos. Nada contra isso, porém, quando se condiciona a pesquisa nas pós-graduações aos projetos de trabalhos dos professores a coisa caduca.
Se estivermos no caminho da verdade, então teremos 500 anos de desenvolvimento; Caso contrário, jamais vamos conseguir sair do buraco.
Essas questões jogam o sábio da padaria na confusão e ele fica para trás. É aí que esconde o jogo aristocrático da universidade boas do Brasil.
Enfim, é quase genético a trasmissão do saber nas universidades. Elas não conseguem inovar por fazer uma fusão entre o que o pesquisador trabalho e o que qualquer trabalho que ele oriente tenha de ser a partir do seu.
Veja bem, é licito um docente se dedicar a vida toda a uma questão. A questão é quando se funde esse tópico aos novos trabalhos de pesquisa.
Para o ingresso nos mestrados e doutorados, faz prova; penso que deve ter até dever de casa ou “para casa”. Penso que essa dúvida entre “de” e “para” pode ser um projeto par os Kantianos.
Não se tem duvida da qualidade dos trabalhos que são feitos no âmbito das melhores pós-graduação. A questão é que a verba pública se torna uma tenta para poucos. Que em geral após mamarem, cortam o bico.
Nesse sentido as seleções para projetos de mestrado e doutorado no Brasil constituem um exercício sínico de legitimação do privilégio, pois quando há mais de um inscrito, torna-se legal dizer que foi fulano quem passou e beltrano reprovado. Pronto, simples assim.
Penso que a pesquisa no brasil virou dever de casa. Não temos pesquisa, há uma comentide, a melhor não tenhamos dúvidas.
Como se faz a qualidade da educação no Brasil. Pela quantidade de exclusão. Uma faculdade é boa quando há milhares de inscritos, que as notas para entrar no vestibular sejam altas, enfim: pela exclusão. A qualidade sempre foi medida desse modo no Brasil. Nesse sentido até fundiram escola “cara” com “escola boa”. Ou seja, a questão da exclusão.
Mas a história da educação no Brasil tem uma “mega exclusão” como grande projeto de Educação. Lembra de Pompal, o marquês? Pois é, ele mandou os jesuítas embora…..
Talvez é isso que precisamo olhar melhor para o Uruguay, Argentina e Chile(onde os estudantes não aceitaram uma versão do Prouni- a qual ficamos feliz em ter e estudar na Uniban). Claro, o Paraguay também precisa ser olhado, pois lá há muita semelhança com o Brasil. Lá também educação é um jogo de privilégios.
Enfim, começo de prosa.
Mestre em Filosofia
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