“Aluno da Rede Pública ganha espaço na USP”

“Aluno da Rede Pública ganha espaço na USP”

Isso é mais uma prova de que a USP não é mais o lugar das
elites paulistanas. Infelizmente esse aumento não é sinal de que a educação
“estatal” de base melhorou, e sim que algo nos sistemas de cotas e coisas mais estão permitindo
a entrada de novos alunos desse setor que contínua o mesmo desde a década de
70. Época da parceria MEC/USAID, que acarretou no desmonte da escola estatal de qualidade e ascensão dos conglomerados de educação “privada”. 
Primeiro
fato é o caráter estatal das escolas erradamente chamadas de públicas. A escola
pública é aquela onde professore e os pais dos alunos são quem determina seus
rumos. Isto não existe no Brasil e em São Paulo especificamente. A cada
Secretário da Educação vem um plano maravilhoso e matérias nos jornais
destacando que os professores são burros. Se é Chalita é a filosofia do amor,
se é Maria Helena a filosofia do terror, estilo Serra. Portanto, é totalmente
incorreto dizer que essa escola é pública. O correto é Estatal, assim era o
nome da Açominas, Usiminas, entre outras empresas vinculados ao governo.
A
outra questão que esconde essa matéria em quais cursos os alunos estão
“entrando”. Será em Medicina ou na Politécnica, quem sabe FEA? Enfim, claro que
não. Os alunos de escola pública, que são a “elite da periferia” entram nos
cursos de ciências de base, que não dá emprego. Na falida FFLCH ou em qualquer
curso que sobra vaga e não dá emprego.
Mais
uma vez impera o jeitinho brasileiro. Melhorar a escola básica para que os
brasileiros possam ter direitos e não favores ainda está longe do horizonte.

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