Outro malefício da analite!

Outro malefício da analite!
Outro malefício da analite!
No post anterior salientei que formados em filosofia e seus congêneres sofrem de paralisia decorrente do vício de analisar. 
Outra curiosidade decorrente dessa postura é a ideia de  “jogar limpo”, isto é, demonstrar a totalidade das causas das ações. Assim, na procura desenfreada por jogar entendimento sobre os fatos sociais, o filósofo procura esclarecer todos os vetores implicados nas ações cotidianas. 
Ora, a sociedade baseada no capitalismo assenta-se necessariamente sobre a mentira. A ocultação dos reais vetores que articulam os jogos comerciais. Adorno, o pensador da Escola de Frankfurt, já advertia isso. Segundo ele era impossível estudar a sociedade moderna capitalista e burguesa exatamente por esse viés. A naturalização em camuflar processos, esconder motivos, e jamais deixar que outros saibam a cadeia de causa e efeito que realmente move cada negócio. Ora, tal afirmação assenta-se sobre o fato básico de que a produção da mais valia, ou seja, a usurpação do excedente que um indivíduo produz por outro(o patrão) sempre demanda ser camuflada. 
Basta vermos como são pudicos em falar quanto ganham. Entre burgueses não importa as relações sexuais, que destoam do moralismo das plebes que eles exploram, mas o que importa são os ganhos e a preservação do capital. Isso sim é sagrado.

Assim, o filósofo viciado em revelar tem que se defrontar com uma prática contrária à sua que é o velar. Por isso, creio, que a maçonaria consiste um grande fetiche entre os pequenos burgueses; pois nela o oculto atrai de modo pré-consciente.   

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