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13 de abril de 2015 por cidiolopes

#Hegel e não o Lula

#Hegel e não o Lula
13 de abril de 2015 por cidiolopes
Antes que o memorável “líder” do “Vem prá rua” diga que foi o Lula que inventou a tal reflexão “senhorXescravo”, como ele disse ter sido Lula a inventar a “luta de classe” (procure a Casa do Saber, lá tem ótimos cursos de cultura filosófica.), vou logo avisando que tal reflexão é antiga e não é do Lula.

Precisamente Hegel ficou conhecido por ter pensado a tal da dialética do “senhor versus escravo”. Que, basicamente, quer dizer os seguinte, o senhor ao se acostumar em mandar esquece como se faz; logo fica na mão do escravo que sabe fazer. Ademais, o senhor só é senhor na medida em que o escravo sempre lembra isso. Se o escrava desse no pé; sumisse, o senhor estaria frito.

Aqui vai uma citação que explica melhor o assunto:

a) O senhor obriga o escravo, ao passo que ele próprio goza os prazeres da vida. O senhor não cultiva seu jardim, não faz cozer seus alimentos, não acende seu fogo: ele tem o escravo para isso. O senhor não conhece mais os rigores do mundo material, uma vez que interpôs um escravo entre ele e o mundo. O senhor, porque lê o reconhecimento de sua superioridade no olhar submisso de seu escravo, é livre, ao passo que este último se vê despojado dos frutos de seu trabalho, numa situação de submissão absoluta.

b) Entretanto, essa situação vai se transformar dialeticamente porque a posição do senhor abriga uma contradição interna: o senhor só o é em função da existência do escravo, que condiciona a sua. O senhor só o é porque é reconhecido como tal pela consciência do escravo e também porque vive do trabalho desse escravo. Nesse sentido, ele é uma espécie de escravo de seu escravo.

c) De fato, o escravo, que era mais ainda o escravo da vida do que o escravo de seu senhor (foi por medo de morrer que se submeteu), vai encontrar uma nova forma de liberdade. Colocado numa situação infeliz em que só conhece provações, aprende a se afastar de todos os eventos exteriores, a libertar-se de tudo o que o oprime, desenvolvendo uma consciência pessoal. Mas, sobretudo, o escravo incessantemente ocupado com o trabalho, aprende a vencer a natureza ao utilizar as leis da matéria e recupera uma certa forma de liberdade (o domínio da natureza) por intermédio de seu trabalho. Por uma conversão dialética exemplar, o trabalho servil devolve-lhe a liberdade. Desse modo, o escravo, transformado pelas provações e pelo próprio trabalho, ensina a seu senhor a verdadeira liberdade que é o domínio de si mesmo. Assim, a liberdade estóica se apresenta a Hegel como a reconciliação entre o domínio e a servidão. (Retirado do site do site Mundo da Filosofia)


Interessante o assunto, pois se aplicarmos ao Brasil iremos ver algumas relações. Em primeiro lugar a tal da “teoria da dependência”. O mais exemplar é que o autor dessa ideia, hoje bem difusa nos vários meios ideológicos nacionais, foi patrocinado pela Fundação Ford. O tema não é simples e a nossa observação requer provas, que o leitor pode encontrar no link da Ford, ao menos o começo das provas. 

Mas se tomarmos essa teoria, veremos logo como ela se parece com o papo do senhor versus escravo. A ideia de que nós, sub-desenvolvidos, podemos nos dar bem se aliando, de modo servil, aos desenvolvidos é muito exemplar. O que é pior, quem desenvolveu tal ideia recebendo fundos(grana) dos dominadores. 

Outro aspecto dessa teoria e que tem me chamado a atenção é o momento de falha do modelo. Dito de outro modo, a recente preocupação de que marxistas estão se infiltrando na “gente de boa família” tem me deixado não só com náuseas, mas se perguntando o motivo da prosa. Como as grandes empresas ideológicas(Globo, Folha, etc…) podem dizer algo assim?

Ao que me parece o tema pode ser pensando nos termos do senhor x escravo. Acostumados a tanto tempo em mandar e subjugar; perderam a formula e não conseguem fazer de outro jeito. Até quando tentam retomar o momento histórico quando eles se instalaram, reproduzem a velha e nefasta baboseira da invasão comunista. 

O grande novidade é a internet; que não só amplia o discurso capenga, mas permite outros olhares. 
















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