Por ofício, creio, o apresentador, que agora “viraliza” por ser pai aos 64, sempre nos passou a ideia de jovem. O que nos faz lembrar que entre as classes sociais mais beneficiadas pelo dinheiro a adolescência vai facilmente aos 50.
Para além dos indivíduos aqui citados, pois lembro-me ainda de Supla – o punk roque adolescente, a questão oportuna de se pensar é sobre a nossa atual ideia de viver. Na lógica do consumo, da nova versão, da constante atualização, do App que irá, enfim, nos redimir, a vida também entra nessa ciranda irrefletida.
Viver a juventude ou adolescência parece-nos uma vida de laboratório, artificial, pois concebe a vida humana negando aspecto dessa própria vida. Uma vida não natural, orgânica; pois seria como um corpo que só tivesse orelha; já o consumo de peito de frango me deixava atônito; uma vida humana que só tenha adolescência/juventude é algo do tipo. Uma vida industrializada; seria frangos reduzidos a peitos…
Para além das pessoas citadas e jamais acusando-as de serem ou não adolescentes, por termos a certeza de que não nos cabe serem os grandes censores morais dos bons costumes, a grande questão é compreendermos a vida como fases, incluindo a morte.
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