Crime, política e religião

Crime, política e religião

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Palavras que teriam aparência de coisas sem ligação alguma. Considerando que a “política”, sobretudo na sua acepção usual entre nós brasileiros, consiste na Legalidade, na forma hegemônica da sociedade em fazer gestão dos antagonismos de forças; de gerir a violência e produzir consensos. Temos que concluir que ela, a política, então, não se relaciona com o “crime”, sobretudo o chamado “crime organizado”. No terceiro termo elencado no título, religião, concebemos, dentro dos Estados Modernos e laicos, que a religião seja uma forma privada de nós indivíduos desfrutarmos de liberdade espiritual. Portanto, três coisas que coabitam, mas não ser relacionam. 
Porém, parece que as coisas não caminham dessa forma. Sem fazer inferências, do tipo “topo polícia é isso… “ ou “todo petista é ….”, vamos tentar construir um argumento ou hipótese em que nas próximas eleições esses três temas e realidades sociais irão se juntar de modo massificado pelo Brasil. Nossa inferência ou a construção dessa hipótese não será apresentada nas breves linhas desse texto, pois trata-se de algo impossível. Espera-se aumentar os elementos dessa hipótese nos próximos textos; trabalho que só seria mais elaborado de fato com contribuição de vários agentes de pesquisa. 
Em filosofia delinear um tema, sem a pretenção de apresentar a solução, consiste num serviço intelectual. Pois levantar a hipótese, fazer aquela pergunta que as vezes de óbvia se esconde frente aos olhos de todos, já é um “ponta-pé” importante. 
Ao que tudo indica teremos nas próximas eleições uma primeira massificação da novidade que fundi os três termos acima. As cassas a bruxas levado a cabo pela operação Lava Jato, a exemplo da Operação Mãos Limpas lá na Itália, pode produzir uma certa escassez de pessoas idôneas interessadas na política. O que gera um “falso vácuo” para a política Estatal. Falso, pois não há espaço desocupado nos aglomerados humanos. 
Massificar a fusão será a novidade, pois já existe casos isolados em que tal associação já se apresentam. 
Certa vez um amigo de mestrado, que é advogado criminalista, dizia (2010) que o PCC ainda seria a salvação do Brasil. Em leituras recentes, sobretudo no site/blog do Luiz Nassif, (GGN), o mesmo indica que o PCC promove a diminuição da violência nas periferias de São Paulo Capital. 
Apenas um exemplo, fiando-se no Jornal GGN editado por Luiz Nassif. Antes de dar sequência, outro tema será duro para construir essa hipótese. A saber, como em épocas de “redes sociais” construir qualquer reflexão sem que a mesma seja embasada em falsos dados? 
Vejo pessoas nas redes sociais e blogs falando coisas absurdas. Vejo a dilapidação dos fatos, a “cobertura” dos fatos acabam “encobrindo” os fatos. Nessa situação na qual a verdade se perdeu, indivíduos dissimulados conseguem se esconder. Não quero aqui citar nomes, pois se citar A, os partidários de B irão dizer as mesmas ladainhas ou seja: parece ser impossível pensar e denunciar questões. 
Enquanto hipótese devemos concordar que hoje é um paraíso para dissimulados. Mesmo diante flagrantes fatos ele pode dizer: é mentira, o público logo pensa, deve ser mesmo os partidários opostos a inventar isso ou aquilo. 
Para finalizar, creio que todos nós já lemos casos em que o Religioso, o Político e o Criminoso estão em uma única pessoa. Temos fatos comprovados pelo judiciário. Tanto de pessoas que foram presas, portanto essas três instâncias, quanto de pessoas soltas. 
O fato é que isso agora será geral. Lideranças religiosas, as mais diversas e não apenas essa ou aquela denominação religiosa, sobretudo as que atendem os mais pobres desse país, poderão ceder a tentação e juntar sua popularidade, que resulta em votos, e entrar na política. Noutra ponta, por uma demanda de recursos financeiros, sobretudo com a vigilância de onde vem as granas; secando os lugares habituais que extorquiam as grandes empresas, dado os exemplos de prisão no âmbito da Lava Jato, o crime organizado irá entrar com capital. E como não gosta de intermediários, pois são mais caros e voláteis, colocarão seus prepostos diretos na política estatal. O religioso entra na medida em que prepostos do crime podem não ter votos e até mesmo não tem interesse em ser visto, em torna-se vitrine; considerando a política da discrição do PCC; o que junto os três elementos, o religioso atrás de recursos escassos e vira político. 
Hipótese, que como tal, deve ser contraditada e superada; desconstruída. 


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