“Tales de Mileto (fim do VII – primeira
metade do séc. VI a.C) é o criador, do ponto de vista conceitual (mesmo que nao
ainda do ponto de vida lexical), do problema concernente ao “principio”
(arché), ou seja, a origem de todas as coisas. O “princípio” é, propriamente,
aquilo de que derivam e em que se resolvem todas as coisas, e aquilo que
permanece imutável mesmo nas várias formas que pouco a pouco assume. Tales
identificou o princípio com a água, pois constatou que o elemento líquido está
presente em todo lugar em que há vida, e onde não existe água não existe vida.
metade do séc. VI a.C) é o criador, do ponto de vista conceitual (mesmo que nao
ainda do ponto de vida lexical), do problema concernente ao “principio”
(arché), ou seja, a origem de todas as coisas. O “princípio” é, propriamente,
aquilo de que derivam e em que se resolvem todas as coisas, e aquilo que
permanece imutável mesmo nas várias formas que pouco a pouco assume. Tales
identificou o princípio com a água, pois constatou que o elemento líquido está
presente em todo lugar em que há vida, e onde não existe água não existe vida.
“Esta
realidade originária foi denominada pelos primeiros filósofos de physi, ou
seja, “natureza”, no sentido antigo e originário do termo, que indica a
realidade no seu fundamento. “Físicos”, por conseguinte, foram chamados todos
os primeiros filósofos que desenvolveram esta problemática iniciada por Tales”.
realidade originária foi denominada pelos primeiros filósofos de physi, ou
seja, “natureza”, no sentido antigo e originário do termo, que indica a
realidade no seu fundamento. “Físicos”, por conseguinte, foram chamados todos
os primeiros filósofos que desenvolveram esta problemática iniciada por Tales”.
“Anaximandro de Mileto (fim do VII –
segundo metade do séc. VI) foi provavelmente discípulo de Tales e continuou a
pesquisa sobre o princípio. Criticou a solução do problema proposta pelo
mestre, salientando sua incompletude pela falta de explicação das razões e do
modo pelo qual do princípio derivam as coisas.”
segundo metade do séc. VI) foi provavelmente discípulo de Tales e continuou a
pesquisa sobre o princípio. Criticou a solução do problema proposta pelo
mestre, salientando sua incompletude pela falta de explicação das razões e do
modo pelo qual do princípio derivam as coisas.”
“Se o
princípio deve pode tornar-se todas as coisas que são diversas tanto por
qualidade como por quantidade, deve em si ser privado de determinações
qualitativas e quantitativamente deve ser infinito espacialmente e indefinido
qualitativamente: conceitos, estes, que em grego se expressam como o único
termo, ápeiron. O princípio – que pela primeira vez Anaximandro designa com o
termo técnico de arché – é, portanto o ápeiron. Dele as coisas derivam por uma
espécie de injustiça originária ( o nascimento das coisas está ligado com o
nascimento dos “contrários”, que tendem a subjugar um ao outro) e a ele
retornam por uma espécie de expiação (a morte leva à dissolução e, portanto, à resolução
dos contrários um no outro.)”
princípio deve pode tornar-se todas as coisas que são diversas tanto por
qualidade como por quantidade, deve em si ser privado de determinações
qualitativas e quantitativamente deve ser infinito espacialmente e indefinido
qualitativamente: conceitos, estes, que em grego se expressam como o único
termo, ápeiron. O princípio – que pela primeira vez Anaximandro designa com o
termo técnico de arché – é, portanto o ápeiron. Dele as coisas derivam por uma
espécie de injustiça originária ( o nascimento das coisas está ligado com o
nascimento dos “contrários”, que tendem a subjugar um ao outro) e a ele
retornam por uma espécie de expiação (a morte leva à dissolução e, portanto, à resolução
dos contrários um no outro.)”
“Anaximenes de Mileto (séc. VI a.C.),
discípulo de Anaximandro, continua a discussão sobre o princípio, mas critica a
solução proposta pelo mestre: o arché é o ar infinito, difuso por toda parte,
em perene movimento. O ar sustenta e governa o universo, e gera todas as
coisas, transformando-se mediante a condensação em água e terra, e em fogo pela
rarefação.” (REALE E ANTISERI, 2007. p. 17. V. 1)
discípulo de Anaximandro, continua a discussão sobre o princípio, mas critica a
solução proposta pelo mestre: o arché é o ar infinito, difuso por toda parte,
em perene movimento. O ar sustenta e governa o universo, e gera todas as
coisas, transformando-se mediante a condensação em água e terra, e em fogo pela
rarefação.” (REALE E ANTISERI, 2007. p. 17. V. 1)