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13 de abril de 2012 por cidiolopes

O que faz um Filósofo?

O que faz um Filósofo?
13 de abril de 2012 por cidiolopes


Os
estabelecimentos formais nos dizer que o formado em filosofia poderá dar
aulas dessa “matéria” no Ensino Médio e se dedicar a pesquisa em programas de
pós graduação. Pessoalmente não encontrei ainda outra explicação para o fazer
desse formado em curso superior.
A
definição me parece limitada, como formado em Filosofia sempre procurei fazer
outras coisas por verificar que o conjunto de conhecimentos adquiridos são suscetíveis de serem aplicados  em outros lugares ou profissões. Outro motivação era o reduzidíssimo mercado de
trabalho para o formado em Filosofia. Antes da matéria ser obrigatória nas
escolas de ensino médio, encontrar aulas de Filosofia era uma “via” penosa. O dilema se dava em dois tomos: o desdenho que todos dispensam ao conteúdo e a vontade pessoal de alguma
diretora de Escola Estatal.
Como
bom disléxico, encontrei guarida na atividade de Designer Gráfico. Notei que
não bastava saber “mexer” no computador para executar projetos gráficos em
instituição de educação. Faz-se necessário dominar complexas teias de
conteúdos. Campo familiar para quem estuda as teorias e ideias filosóficas.
Porém,
em cursos regulares de Filosofia não se faz outra coisa a não ser exibir as
ideias de pensadores europeus. Os mais heróicos dentre os docentes são os que
exibem os alemães, depois franceses e ingleses. Se alguém ousar falar em algo
fora desse panteão será taxado de anti-herói. Qualquer outra ideia, como dizer
que a arte é uma forma de pensar a filosofia, será vista com desdenho e o
proponente terá que seguir só. Se ele for aluno, será possível até mesmo ouvir
sorrisos de hienas pelas costas.
Desse
modo as graduações de Filosofia esconde a inutilidade do próprio curso de
Filosofia. A função de “comentador” é o ápice da carreira entre nós
brasileiros. A função de professor de ensino médio é o lugar do desdenho e que
os “docentes e pesquisadores” fazem questão de demonstrar que nada sabe desse
campo. Há exceções, mas o curioso é que elas falam da universidade e não da
própria escola média. Silvio Galo e Marco Lorieri são dois exemplos que apesar
de falar de fora tem ótimas contribuições para o ensino de Filosofia. O  Prof. Lorieri é um excelente projeto e como pessoa/professor deverás empenhado no projeto de uma “educação para o pensar”. Porém o fato
deles falarem da universidade revela que as condições de produção do saber não
estão onde o profissional atua cotidianamente, o que acaba por colocar em suspense tal discurso.  O professor de escola média e
em específico o de filosofia, não encontram aí condições para produção do saber, mas apenas reprodução do “sabido”. Situação que agrega mais um problema
à filosofia dos comentários. Inscrevendo o professor da escola média como um reprodutor de reprodução. 
Para
ser um bom comentador, a via mais garbosa dos formados em Filosofia entre nós brasileiros,  deve-se fazer o longo percurso da pós-graduação, que é um
campo restrito para poucos. O grande público que estudou filosofia, seja nos
seminários católicos ou nas faculdade públicas, cabe fazer qualquer outra coisa
da vida, pois não há espaço formal e verba oficial para promover a profissão de
Filósofo.
Há,
contudo, muitas possibilidades, porém sem as verbas e os lugares ao sol regados pelo dinheiro público. A arte e o designer gráfico é uma, mas a
formação de analista pode ser outro campo de ação do filósofo. Sem mencionar a
atuação do filósofo em questões vinculadas a ecologia e todo um mercado de
produtos ecológicos. 
Pode-se ainda dar início a uma função inovadora no seio de
empresas, que o de analista estrutural. Uma função que irá se relacionar com a
economia, sendo seu álter ego.  Dilemas
éticos existiram e não serão diferentes aos que vivenciam advogados, psicólogos
e médico atuando em empresas.
Para finalizar, é preciso romper com a ideia corrente do
que é o formado em Filosofia. O barbudo, camiseta amassada, chinelo de dedo e
um eterno sem compromisso com coisas concretas. Que existam esses, mas que os
poucos que saíram desse lugar para serem remunerados como professor nas
Universidades e atuam nas políticas publicas que determinam os cursos de
Filosofia reconheçam  o direito a
diversidade ou, o caminho mais sensato, que surjam mais Schopenhauer da vida. 

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