Ao ler os comentários, sobretudo os do xingamento, fico estarrecido como alguém, na verdade multidões, apoiam tal atitude, que dá ânsia de vômito. É possível até mesmo encontrar quem apoie o tal adesivo, aliás, quando vejo especulações que por detrás dele pode estar a filha do Senador José Serra, já que o tal produto era vendido no “Mercado Livre”. (um site de venda e que a tal pessoa é sócia, etc) aí tenho que parar de ler. Não consigo continuar.
Não consigo processar tais informações. Lembro-me de Leandro Konder, o pensador, que diz sobre o fascismo o seguinte. Tal modalidade de governo é muito desprezível; é tão absurda que as pessoas não querem nem mesmo escrever sobre ele. Porém, não podemos nos esquecer que tal traço desprezível é parte do humano e deixá-lo sem denúncia é permitir que ele volte.
É preciso fazer essa denúncia. Não se pode confundir oposição ao governo com fascismo. Não se pode permitir que se construa diariamente, seja nos telejornais ou nas novelas, uma cultura facista; que dissemina a confusão. Não podemos permitir que ao noticiar que a Eletropaulo aumenta energia em 75% seja creditada ao PT e não ao Governador do Estado de São Paulo; Tais ataques diretos e sem fundamentos são o mais gritante sintoma de que um “esgoto de detritos metafísicos” está sendo aberto no meio da Democracia que tanto lutamos para conquistar.
É preciso ensinar como ser oposição? Penso que não, pois se assim fosse não haveria oposição e sua contribuição. É preciso aprofundar o debate democrático; É preciso criar condições para além desse blog e dos face da vida; precisa-se de aulas de sociologia, história, filosofia muito mais do que matemática. É preciso lembrar a todos as consequências de governos ditatoriais. Estão pagando para ver o que vai acontecer; Aécio Neves e todos os que estão atrás deles estão pagando prá ver; estão apostando que conseguirão chegar ao Poder pela força.
Os próprios setores produtivos, que aqui acolá tem algum apoiador de tais loucuras, sabem que uma democracia estável trás retornos a eles. São poucos os setores da grande indústria que apoiam tais aventuras facistas; Portanto, Aécio e seus comparsas não agem em nome dos “empresários”, age em interesse pessoal. Não representa a indústria e o sistema produtivo, ele representa apenas e tão somente a extensão de seus interesses. E está bancando, ao lado da proposta de José Serra o que podemos esperar, uma quebra da banca; seu interesse é subir na força; é inviabilizar o Brasil para todos, não só o povo, mas para vários setores produtivos, pois acredita que assim ele consegue se colocar no Poder.
Mas não mede ou se pergunta que isso pode não dar certo. Isso vai perder o controle. E a oposição não faz nem mesmo o seu papel. Ela se recusa ser oposição; ela pensa que ser oposição é pouco; é humilhante; ela pensa que é preciso quebrar trucidar para assim ser situação. Não admitem perder, pois não sabem o que isso; nunca perderam.