A ANPOF e a sua “queimada” histórica

A ANPOF e a sua “queimada” histórica


Sabe-se que a ANPOF ignora a ABF e a origem dessa relação
esquizofrênica se deu em um fatídico dia de 1979 em alguma sala da PUC Rio. A
celeuma ou peleja se deu tendo como objeto uns textos de Miguel Reale, o integralista
ou um tipo de fascismo tupiniquim.
A partir de então a ANPOF ou as pessoas que encabeçaram a recusa
do fascismo como filosofia ficaram trincheiras em várias frentes até se
instalarem de vez no que hoje é a Capes, ANPOF e outros meios formais de promoção
da Filosofia em solo brasileiro.  A
postura adotada é a da recusa de reconhecer o outro como outro, questão que os
“fonsequistas” da ANPOF conhecem bem da lavra de Hegel.
Doutro lado temos os pensadores que de certo modo são marcados por
pessoas “muito” importante, que ocupam altos cargos públicos e desejam promover
um pensamento originário ou marcadamente brasileiro. Nas suas reuniões
acadêmicas será comum aqueles discursos memoráveis, como palavras bonitas e
garbosas. O orador frequentemente será rodeado por pessoas “importantes” como
reitores, generais, ministros, consul, etc.
A brica é pessoal e se esquece que ambos os grupos agem de modo
arrogante. A ANPOF se impôs com seu modelo de fazer filosofia e reina solitária nas intancias Oficiais. Tomou para si o lugar de quem determina o que é Filosofia ou um curso de Filosofia. 
Nesse sentido o “repúdio” da ANPOF é a característica esperada de
um grupo que vê seu privilégio ser acossado. Um discurso violento, eivado,
apocalíptico. Que se coloca em traços que João, o escritor do 4 evangelho e do
Apocalipse, teria inveja, pois o esboço caricatural que a ANPOF faz da
profissão de filósofo vai muito além de serpentes com 7 cabeças.
Certamente é estranho a ABF “pegar” para si a função de conselho e
ter capacidade de “dar” o título de filósofo. Ao menos deveria fingir que dá um
curso de Filosofia. Ademais, os belos discursos, as palavras garbosas, as
menções aos ilustríssimos ministros do egrégio supremo, não é filosofia. É um
tipo de pastiche fascista, ou conversa do clube militar ou coisa de maçom, que
dá tudo na mesma coisa.
A ANPOF que ao menos prática o “fonsequismo” com diligencia,
deveria ter separado o joio do trigo. Deveria ter posto a questão as claras e
não esconder a relação traumática entre os dois grupos. No mínimo deveria fazer
uma terapia, pois o agressor continua a existir com suas ideias e não adiante
ignorá-lo.
Deveria ter se posicionado contra a ABF e não contra a profissão
de Filosofia. Deveria, ao contrário, já terem proposto o tal famigerado
projeto, ao invés de ter se acomodado nas teias da CAPES/CNPq ANPOF e nos
maravilhosos departamentos de Filosofia em meia dúzia de boas universidade
Federais, uns gatos pingados de Estaduais e umas raras particulares.
Qual o pecado, pois da forma como fizeram o tal repúdio parece ser
algo de ordem moral, em haver a profissão de Filósofo? Por ventura médicos,
advogados, Psicólogos, entre outros, não vivem os mesmos dilemas éticos da ação
da profissão e do mercado?
Qual a justificativa de não haver uma profissão para alguém que
fez um curso superior e não quer viver a “lattes-mania” e de “favor” das magras
verbas de iniciação científica, bolsa mestrado, etc. Contando com as panelinhas
de indicação para uma “boca” aqui outra ali?
Estão é querendo nos reduzir às infernais Escolas
Estatais(públicas) ou Privadas(onde “eu pago”) e sermos os comentadores que
eles são ou os “fonsequistas” de que fala o Prof. Marguti.
A ANPOF e uma geração inteira de “professores” comentadores
perderam a oportunidade histórica de participar de uma inovação no pensamento
Filosófico. 
A instauração de uma profissão de Filósofo irá permitir que exista
outros meios de promoção do saber desse campo. A discussão do que fará um
filósofo não deverá ficar a cargo da ABF, deverá ser inventado por vários
profissionais que estudaram Filosofia e já atuam em obras sociais, consultores
de recursos humanos,  elaboração de
projetos culturais, interferências culturais, analista, investimentos econômicos
em bolsa de valores, etc….
AMF, declaradamente fruto da imaginação de alguém e que não passa
de um blog. 

P.s: o troll mais famoso deve passar por aqui e fazer suas observações ordinárias. rsss

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