Ao ler a resenha não posso deixar de lembrar de Ivan Illich . Notável Padre da Igreja Católica e detentor de uma vasta cultura, figura que Rogério Ignácio de Almeida Cunha, um grande amigo, conheceu pessoalmente. Considerado um polimata, transitando da matemática à filosofia, passando pela ciências da natureza e com escritos em medicina(Nêmesis da Medicina) tem em comum com Semler (ascendência) o fato de serem austríacos e apregoarem a escola como problemática. Certamente tais aproximações são forçadas e reducionistas de ambas as figuras em questão, mas tais rascunhos me vieram à mente após ler o artigo de Semler.
O discurso de Semler nesse caso está muito próximo ao autor de uma “Sociedade Descolarizada” ou do livro de seu discípula “A Escola Está Morta”( Everett Reimer). O grande diferencial em Semler é seu poder monetário em por em prática tal ideia, operando uma saída do mundo das ideias e um encontro com a realidade.
Não conheço o projeto pessoalmente, apenas via internet. Logo, também posso estar no mundo da idealidade. O que, por exemplo, gerou em mim um estranhamento com a ideia de tutor e mestre aplicado para designar o velho professor e um visitante prática que vem até à escola falar de sua prática. No quadro de uma desvalorização social do professor tais terminologias, em primeiro momento, levara-me a pensar que seria mais uma belezura dessa natureza.
Enfim, as ideias de Semler não são novas, talvez a concretização seja, e dela certamente surgirão outras reflexões.
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