Se por um lado faz sentido o direito de um negócio privado escolher o que vende, doutro lado, no que toca à Instituição Universidade, não são esses os critérios. Um tema como o nazismo, por exemplo, é crime você fazer a divulgação como tese passível de ser posta em prática, mas não o é ensinar o que ele foi. Assim, o Foucault tem suas ideias, especialmente sobre Poder, que não são a habitual catequese da Igreja. Porém, suas ideias não defende suicídio coletivo ou a volta de pensamentos fascistas, mas suas implicações argumentam em torno do exercício do Poder e tudo começa com as denúncias das tiranias praticadas nos manicômios.
Ademais, as opções pessoais do pensador francês parecem também ecoar nesse “index proibitorium” de livros e ideias.
A questão é. Ao proibir esse qual será o próximo? Sugestão: Nietzsche?
Creio que a PUC tem o direito de expurgar o tal pensador se considerarmos apenas as regras da propriedade privada. Porém, como instituição de educação e pesquisa tal procedimento retrocede a contribuição que não só a Universidade em questão deu e dá a sociedade, mas ofusca até mesmo a contribuição que a Igreja Católica deu para os processos democráticos do Brasil contemporâneo.
No afã dos jogos de poder, curiosamente tema dileto de Foucault, Dom Odilo tem “retomado” a PUC com os carolas de pensamento a direita.
No lugar de Nietzsche, Foucault que tal uma Cátedra “Josemaría Escrivá de Balaguer”
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