Pode a Subalterna Tomar a Palavra?

Pode a Subalterna Tomar a Palavra?

Resenha Crítica

 MORRIS, Rosalind C. (Org.). Can the subaltern speak?: reflections on the history of an idea. New York: Columbia University Press, 2010[1].

 

Cídio Lopes de Almeida

[sem revisão por pares]

 

O livro consiste em fragmentos de uma publicação intitulada “Can The Subaltern Speak? Reflections On The History Of An Idea,” [Pode a Subalterna Tomar a Palavra] editada por Rosalind C. Morris, com contribuições de Gayatri Chakravorty Spivak e outros autores. A obra discute extensivamente a questão da subalternidade e a possibilidade de agência e voz dos grupos oprimidos, especialmente mulheres em contextos coloniais e pós-coloniais. Os autores examinam conceitos teóricos como ideologia, poder, representação, e as intersecções de gênero, raça e classe, frequentemente engajando-se com as ideias de pensadores como Marx, Foucault, Deleuze e Derrida. Através de análises de casos específicos, como o sati na Índia e a experiência de trabalhadoras domésticas migrantes em Singapura, os textos investigam as estruturas históricas e sistêmicas que silenciam e exploram sujeitos, ao mesmo tempo em que refletem sobre a prática intelectual e ativista necessária para contestar essas dinâmicas.

 Palavras-chave: subalternidade, representação, pós-colonialismo, feminino, voz.

 

 


 

[1] O nosso encontro com a obra em tela se deu a partir de uma rede social na qual a amiga e pesquisadora Laura Ottoni fez um post de uma imagem, figurando na fachada de uma edificação com a escrita estampada na sua frente, como as placas comercial, com o dizer: “penso mas não existo”. O que seguiu algumas brincadeiras, na qual eu registrei, já pensando em Spivak, “os subalternos, pensam?”. Após idas e vidas, a pesquisadora sugeriu a obra na tradução em português: “Pode a Subalterna Tomar a Palavra”, da lavra da editora Orfeu Negro, na tradução de António Sousa Ribeiro, 2021, do original Can The Subaltern Speak? O texto nos mostrou instigante a princípio em função da leitura anterior, Pode o Subalterno Falar?. 

 


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