Esboços da história da Educação: a antiguidade aos nossos dias.
Cídio Lopes de Almeida
A educação nas sociedades primitivas se dava no cotidiano. Caracteriza, também, o caráter religioso do aprendizado. Princípios da não-violência, meditação, entre outros, são marcas do Taoísmo, Budismo e Hinduísmo. Relação com a natureza dotada de espírito (totemismo e animismo) é outra marca da educação primitiva e não-escolar.
Os egípcios fora os primeiros a construir bibliotecas e dar início ao pensar sobre a educação. Os hebreus, povo que teve influência dos egípcios, eram rígidos e a base de seu sistema educacional era a Torah. Com o aumento de pessoas surge a sociedades e de com suas divisões, como a família, a divisão do trabalho, a propriedade privada, o Estado, a educação passa a ser tratada como algo separado do cotidiano. Acontece em locais próprios e não mais na vida cotidiana da comunidade.
Pedagogia realista contra o modelo humanista medieval, marca uma nova guinada no pensar da educação. Jean-Jaques Rousseau (1712 – 1778 ), filósofo de um novo modo de pensar a educação. O Estado, com interesses, assume a tarefa de educar as massas. Com a revolução Industrial, que passa da produção artesanal para a produção em série nas fabricas, surge na educação a idéia de que educação é para dominar a natureza. A filosofia das luzes, Iluminismo, ganha força com Revolução Francesa que passou a discutir a educação como sendo um processo democrático, sem intervenção de credo religioso. Sem intervenção do Ancian Regime e do Clero. Emerge desse processo o Positivismo de Auguste Comte (1798 – 1857), o individualismo é a característica da educação, e o socialismo, que tem em Karl Marx (1818 – 1883) sua representatividade clássica. A primeira para as elites e a segunda sob a perspectiva do proletário.
Como o próprio nome indica a Escola Nova marca época por pretender romper com os modelos de educação oriundo do positivismo e do socialismo. Adolphe Ferrieri (1879 – 1960) foi um baluarte do escolanovismo. Acreditava que a vida é movida por um impulso espiritual e a educação deveria promovê-lo Foi o divulgador e articulador mundial dessa forma de educação que valoriza a auto-formação do educando. Princípios elementares: “integral, intelectual, moral e física, ativa, prática, com trabalhos manuais, obrigatória, individualizada, autônoma, campestre em regime de internato e co-educação” (Aula n° ). Jonh Dewey () nos E.U.A, fórmula seus princípios pragmáticos e instrumentalistas da Escola Nova. Apregoa o convívio democrata, mas não questiona o status quo. As repercusões no Brasil foram a criação do “dos ginásios vocacionais, as escolas ativas, as escolas experimentais, aos colégios de aplicação das universidades”, entre outros. A concepção da educação no Brasil, então, passa a ser a promoção do educando.
Nos anos 20 nota-se a pressão estatal para com as práticas libertárias de educação. Em 1930 a burguesia urbana chega ao poder e, juntamente, temos em 1932 o Manifesto Pioneiro da Educação da Escola Nova (1932). A fundação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP). A reforma Capenema,(1942), no Governo de Getúlio Vargas, coloca a questão da formação técnica e a propedêutica. Uma destinada aos filhos do proletariado e outra das elites. Apesar de acordos internacionais notou-se que tinha escolas técnicas que não tinham os instrumentos mínimos.
O momento que antecede 1964 é fértil na história da educação. Contudo, tudo isso iria ser interrompido pelo Estado Autoritário dos Militares. Na educação acontecem perseguições, mortes, e cria-se a imagem pejorativa do professor “revolucionário” ou insurgente. Acontece a expansão das Universidades, mas não o suficiente, quando se cria o vestibular para resolver o problema de excesso de alunos. O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL é prelúdio da concepção de que a educação deve ser técnica. Em 71 surge a Lei de Diretrizes e Base n° 4024 que versa sobre a educação técnica.
Com o Estado Democrático a educação no Brasil tem a oportunidade de tornar-se um campo de debate e liberdade de expressão. Com a Constituição de 1988 é apresentado um novo projeto de L.D.B. Após 8 anos o Deputado Federal Darcy Ribeiro apresenta um novo projeto que é aprovado. Apesar de existirem vários projetos nacionais que envolva a educação ainda não conseguimos êxitos desejados e esperados. Temos vários programas: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF, Programa de Avaliação Institucional – PAIUB, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs Exame Nacional de Cursos – ENC. Contudo temos um sistema de educação pública sucateado, índice de analfabetismo alto entre alunos matriculados e freqüentes do sistema Oficial de Educação.
Conclusão
Enfim, estudar a história da educação é fundamental para orientar a nossa prática como docente. Ao conhecer as teorias, as práticas, as experiências educacionais do passado é que melhor sabemos fazer a nossa própria história. A consciência do nosso presente é diretamente relacionada com o passado. Planejar nossas aulas é fazer um balanço do que já foi feito por outros educadores e, agora, o que vamos fazer. Nossa ação é política e só terá esse status quando fruto de uma reflexão pessoal, sem consumir idéias, clichês, bordões midiáticos alheios.
Cídio Lopes de Almeida
O que nos motiva nesse trabalho é fazer notações sobre os principais momentos da história da educação. Desejoso de orientar a prática educacional no presente busca-se nessa disciplina, História do Pensamento Pedagógico, e no curso de Pedagogia, familiarizar com as principais diretrizes da educação no Ocidente ao longo da clássica periodização de nossa História.
A educação nas sociedades primitivas se dava no cotidiano. Caracteriza, também, o caráter religioso do aprendizado. Princípios da não-violência, meditação, entre outros, são marcas do Taoísmo, Budismo e Hinduísmo. Relação com a natureza dotada de espírito (totemismo e animismo) é outra marca da educação primitiva e não-escolar.
Os egípcios fora os primeiros a construir bibliotecas e dar início ao pensar sobre a educação. Os hebreus, povo que teve influência dos egípcios, eram rígidos e a base de seu sistema educacional era a Torah. Com o aumento de pessoas surge a sociedades e de com suas divisões, como a família, a divisão do trabalho, a propriedade privada, o Estado, a educação passa a ser tratada como algo separado do cotidiano. Acontece em locais próprios e não mais na vida cotidiana da comunidade.
Pedagogia realista contra o modelo humanista medieval, marca uma nova guinada no pensar da educação. Jean-Jaques Rousseau (1712 – 1778 ), filósofo de um novo modo de pensar a educação. O Estado, com interesses, assume a tarefa de educar as massas. Com a revolução Industrial, que passa da produção artesanal para a produção em série nas fabricas, surge na educação a idéia de que educação é para dominar a natureza. A filosofia das luzes, Iluminismo, ganha força com Revolução Francesa que passou a discutir a educação como sendo um processo democrático, sem intervenção de credo religioso. Sem intervenção do Ancian Regime e do Clero. Emerge desse processo o Positivismo de Auguste Comte (1798 – 1857), o individualismo é a característica da educação, e o socialismo, que tem em Karl Marx (1818 – 1883) sua representatividade clássica. A primeira para as elites e a segunda sob a perspectiva do proletário.
Como o próprio nome indica a Escola Nova marca época por pretender romper com os modelos de educação oriundo do positivismo e do socialismo. Adolphe Ferrieri (1879 – 1960) foi um baluarte do escolanovismo. Acreditava que a vida é movida por um impulso espiritual e a educação deveria promovê-lo Foi o divulgador e articulador mundial dessa forma de educação que valoriza a auto-formação do educando. Princípios elementares: “integral, intelectual, moral e física, ativa, prática, com trabalhos manuais, obrigatória, individualizada, autônoma, campestre em regime de internato e co-educação” (Aula n° ). Jonh Dewey () nos E.U.A, fórmula seus princípios pragmáticos e instrumentalistas da Escola Nova. Apregoa o convívio democrata, mas não questiona o status quo. As repercusões no Brasil foram a criação do “dos ginásios vocacionais, as escolas ativas, as escolas experimentais, aos colégios de aplicação das universidades”, entre outros. A concepção da educação no Brasil, então, passa a ser a promoção do educando.
Nos anos 20 nota-se a pressão estatal para com as práticas libertárias de educação. Em 1930 a burguesia urbana chega ao poder e, juntamente, temos em 1932 o Manifesto Pioneiro da Educação da Escola Nova (1932). A fundação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP). A reforma Capenema,(1942), no Governo de Getúlio Vargas, coloca a questão da formação técnica e a propedêutica. Uma destinada aos filhos do proletariado e outra das elites. Apesar de acordos internacionais notou-se que tinha escolas técnicas que não tinham os instrumentos mínimos.
O momento que antecede 1964 é fértil na história da educação. Contudo, tudo isso iria ser interrompido pelo Estado Autoritário dos Militares. Na educação acontecem perseguições, mortes, e cria-se a imagem pejorativa do professor “revolucionário” ou insurgente. Acontece a expansão das Universidades, mas não o suficiente, quando se cria o vestibular para resolver o problema de excesso de alunos. O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL é prelúdio da concepção de que a educação deve ser técnica. Em 71 surge a Lei de Diretrizes e Base n° 4024 que versa sobre a educação técnica.
Com o Estado Democrático a educação no Brasil tem a oportunidade de tornar-se um campo de debate e liberdade de expressão. Com a Constituição de 1988 é apresentado um novo projeto de L.D.B. Após 8 anos o Deputado Federal Darcy Ribeiro apresenta um novo projeto que é aprovado. Apesar de existirem vários projetos nacionais que envolva a educação ainda não conseguimos êxitos desejados e esperados. Temos vários programas: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF, Programa de Avaliação Institucional – PAIUB, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs Exame Nacional de Cursos – ENC. Contudo temos um sistema de educação pública sucateado, índice de analfabetismo alto entre alunos matriculados e freqüentes do sistema Oficial de Educação.
Conclusão
Enfim, estudar a história da educação é fundamental para orientar a nossa prática como docente. Ao conhecer as teorias, as práticas, as experiências educacionais do passado é que melhor sabemos fazer a nossa própria história. A consciência do nosso presente é diretamente relacionada com o passado. Planejar nossas aulas é fazer um balanço do que já foi feito por outros educadores e, agora, o que vamos fazer. Nossa ação é política e só terá esse status quando fruto de uma reflexão pessoal, sem consumir idéias, clichês, bordões midiáticos alheios.