Dizer sobre sua engenhoca tripartite, falar dos 3 estágios da dialética, mencionar a palavra sistema, fenomenologia… tudo não passa de festim; coisa externa. Ainda não entrando no próprio Hegel.
Mas para um cidadão que tinha deleite em divulgar que a Filosofia era coisa de aristocrata,(segundo Hösle) ou que não admitia uma Filosofia e uma vida, ao contrário, concebia a Filosofia no centro e a própria vida em função dela; o que podemos esperar?
Nada, pois esperar algo da filosofia é deslocá-la do seu centro; a pergunta é exatamente o contrário: o que esperar da vida em termos filosóficos? A filosofia em Hegel é para puro deleite! Aliás, nem sei se posso afirmar que a Filosofia seja deleite, radicalmente a Filosofia deve ser Filosofia.
Como se sabe a biografia de Hegel as vezes o coloca em maus lençóis. E essa Filosofia como centro parece uma solução que em muito caiu bem à seu percurso existencial.
Ademais, o culto a “incompreensibilidade” sempre foi sinônimo de virilidade entre os filósofos. Sócrates está sempre tirando sarro da cara de um e de outro lá na Grécia Antiga. O que sempre sobra para os pensadores.
O pouco que posso dizer de Hegel é que a sua filosofia está para além de todo o mundo prático, pois por a Filosofia em função do prático é retirar a finalidade dela; é dizer que o prático é o centro; o que faz sentido. E um pouco mais, que o prático revela uma razão, contida, em última instância