Facistas contra a Maçonaria

Fascistas contra a Maçonaria

José Antonio Ferrer Benimeli, SJ

Tradução[1]

Cídio Lopes de Almeida

Doutorando Faculdade Unida de Vitória

Bolsista FAPES

FERRER BENIMELI, J.A. Fascistas contra a Maçonaria. Tradução Cídio Lopes de Almeida. São Paulo: AMF3 Escola de Filosofia. 2023. Disponível em: https://amf3.com.br/facistas-contra-a-maconaria/ . Acesso em: (dd/mm/aaaa)

Fascistas contra a Maçonaria

O primeiro passo oficial dado pelo fascismo italiano contra a maçonaria ocorreu em decorrência da deliberação do Grande Conselho Nacional Fascista em 15 de fevereiro de 1923, com a participação do Duce e outros catorze membros do referido Conselho. O resultado foi convidar os fascistas que eram maçons a escolher entre pertencer ao Partido Nacional Fascista ou à maçonaria.

Logo depois, o governo italiano, por meio da chamada Comissão dos Quinze, elaborou um relatório histórico sobre o significado e a obra da maçonaria. Com base nesse relatório, o próprio Mussolini apresentou um projeto de lei à Câmara em 12 de janeiro de 1925, o qual ele mesmo se encarregou de apresentar. Ao reconhecer que o papel desempenhado pelas sociedades secretas no Risorgimento italiano era conhecido por todos, Mussolini afirmou que a existência de tais sociedades se justificava em tempos de escravidão, mas não nos tempos atuais de liberdade. Na nova era, era incompatível com a soberania do Estado. A lei contra a Maçonaria foi finalmente aprovada.

[1] Nota contexto da tradução: Os excertos que seguem situam-se nas pesquisas sobre a maçonaria e sua história no sentido de uma história das ideias que perpassam este fenômeno. Por se considerar que a mesma se articula enquanto sociabilidade baseada em filosofia de vida, o primeiro desafio é compreender o que seja uma visão de mundo a orientar o agir dos seus adeptos. O exame tem sido verificar como as ideologias vigentes, em especial as que incidem sobre a Maçonaria no Brasil, se manifestam na constelação dos fenômenos que podemos aglutinar sob o nome maçonarias. Nossa curiosidade ou hipótese de investigação, que aqui estão traduzidos nestes enxertos enquanto material pessoal de maturação reflexiva, é a de que a Maçonaria tem íntima relação com as ideologias democráticas e liberais. E, por outro lado, não se dá bem nos contextos de regimes políticos ditatoriais. Aqui uma olhada sobre os regimes de extrema direita no contexto europeu. Em outros, o exame será sobre os outros modelos de governos não democráticos, com foco sobretudo na América Latina, pela proximidade geográfica-cultural e política com o Brasil. As notas foram traduzidas de: https://www2.uned.es/dpto-hdi/museovirtualhistoriamasoneria/7antimasonismo/fascismos%20y%20m.htm