A ideia genial e que merece uma página inteira do diário paulistano, apoiador da “ditatura civil-miliar”, é repassar dinheiro público à iniciativa privada para fazer o que é papel do Estado. Claro, no estado mínimo, que nem mesmo encontra guarida lá nos estados onde tais teóricos ejacularam tais gosmas, educação também não será papel do Estado.
Mas como diz a Digníssima Professora(?) Secretária de Educação, “empresários tem seu lado humano”, também querem “ajudar”. Segundo a mandachuva também não é privatizar a coisa pública, pois não está passando “bem estatal” à iniciativa privada. E dinheiro público é o que?
Enfim, ler e analisar a entrevista da eminente Secretária é até difícil. Pois como os mesmos profissionais irão continuar e os resultados serão o melhores? Salários, diretores e professores, alunos, mas se espera outro resultado? Só porque terá um “gestor” de fora? Qual o papel dele? Ele manda um professor marxista embora? Ele irá aceitar que se ensine não só Adam Smith e Karl Marx? Darwin e qualquer outra asneira evolucionista? Como será isso?
Por exemplo, em uma escola que eu atuava como professor efetivo, a Bayer fazia uma “parceria” com a escola. Tudo muito lindo, mas posso dizer que ela é acusada de poluição, formação de quartel, enfim, poderei falar isso desse “bondoso” empresário? E se for um empresário do ramo de Frigorifico, poderei dizer nas aulas de Sociologia que em tais fábricas se tem as piores condições de trabalhos hoje no Brasil? Ao lado apenas da construção civil? E se for dos automóveis, poderei explicar que o Dono da CAOA, maior vendedor de carros, mora fora do Brasil para não ser preso por aqui? Poderia eu falar mau da Vale do Rio Doce? ou ela figuraria como um entidade ao lado de Deus? como o é em cidades como Itabira, Ipatinga, na qual o sonho de tudo mundo é trabalhar na “firma”. E o único horizonte existencial de todos é a firma. Quem estiver fora da firma é condenado a vagar amargamente por entre o tecido social local.
Tal pensamento me remete diretamente à outros problemas já existente nas Escolas “Estatais”. A saber, qualquer problemas dado se tem como primeira solução aumentar aulas de matemática. Esse pensamento muito corrente no imaginário das elites mandatárias, enseja até mesmo piadas, pois se o aluno não aprende matemática o que se deve fazer? A resposta corrente é aumentar ainda mais as aulas de matemática.
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