O livro apresenta excertos de “Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica” de Marcel Detienne, focando na evolução da noção de verdade (Alétheia) na Grécia Antiga. O livro analisa como a concepção de verdade se transforma, passando de uma noção mágica-religiosa ligada a figuras de autoridade como reis e poetas, para uma concepção mais racional e laica, associada ao diálogo e à política, no século VI a.C. A obra explora a relação entre linguagem, memória, e justiça, contrastando a palavra eficaz do mito com a palavra dialógica da polis. Detienne examina diferentes contextos sociais e institucionais, como assembléias, jogos funerários e práticas jurídicas, para compreender a transformação do conceito de Alétheia. O prefácio de Pierre Vidal-Naquet contextualiza a obra, destacando o paradoxo da existência de “mestres da verdade” e a complexidade do processo de transição do mito para a razão. O estudo usa a lexicologia estrutural para investigar a semântica de termos-chave, iluminando a pré-história da reflexão filosófica sobre o ser.

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O texto apresenta quatro ensaios de Mikhail Bakhtin, incluindo “Os gêneros do discurso” e dois inéditos, “Diálogos I e II”. A obra analisa a natureza dialógica da linguagem, explorando a relação entre enunciados, gêneros discursivos (primários e secundários), e a interação entre falante e ouvinte. A individualidade estilística é examinada em relação à normatividade de gênero e à influência do destinatário. Os ensaios também abordam a metodologia das ciências humanas, enfatizando a importância do texto como unidade de análise e a natureza dialógica da compreensão. Finalmente, o texto discute a concepção de autor na obra literária e a relação entre linguagem, pensamento e realidade.

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O texto é um ensaio de Frei Boaventura Kloppenburg (1956) sobre a Maçonaria no Brasil, focando em suas práticas, organização interna, e relação com a Igreja Católica. Kloppenburg examina a estrutura da Maçonaria, incluindo seus diferentes graus e ritos, suas divisões internas, e os rituais de iniciação, destacando seus aspectos secretos e juramentos. Ele analisa as alegações maçônicas de filantropia e tolerância religiosa, confrontando-as com documentos e práticas maçônicas que demonstram, segundo o autor, uma postura anticlerical e, em alguns casos, até mesmo anticristã. Finalmente, o texto aborda a incompatibilidade entre a Maçonaria e o Catolicismo, citando condenações papais e as consequências para católicos que se filiam à organização.

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O texto explora o simbolismo da luz e da androginia em diversas tradições religiosas e místicas, analisando como essas imagens representam a experiência mística e a busca pela totalidade. A pesquisa investiga paralelos entre diferentes culturas, desde o xamanismo siberiano e esquimó até o hinduísmo, o budismo e o cristianismo, mostrando como a luz interior e a união dos opostos são concebidos como caminhos para a transcendência e a reintegração com o divino. A análise também abrange cultos milenaristas e escatológicos, focando na ideia de um retorno paradisíaco e na renovação cósmica, conectando essas crenças com o simbolismo da corda e da tecedura como metáforas da interconexão entre o humano e o divino. Finalmente, o texto discute a importância do simbolismo em diferentes áreas de estudo, incluindo a psicologia, a história das religiões, e a compreensão da condição humana.

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O texto apresenta um estudo sobre o neoplatonismo tardio, focando na obra e filosofia de Proclo. Ele compara o pensamento de Proclo com o de Plotino, destacando as diferenças em suas abordagens metafísica, epistemológica e ética. A análise explora conceitos chave como a processão e reversão, a participação, as hênadas e a teurgia, demonstrando como Proclo integra a filosofia com a religião e a tradição mística. Finalmente, o texto contextualiza o neoplatonismo tardio no cenário socio-religioso da antiguidade tardia, mostrando sua adaptação e influência.

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Produções Acadêmicas e de divulgação científica em 2024 Cídio Lopes de Almeida Doutorando em Ciências das Religiões Faculdade Unida de Vitória, ES, Brasil Bolsista FAPES (nov. 2023 – nov. 2024) Publicações em Jornais Jornal virtual Mindel Insite, sediado na cidade de Mindelo, Ilha de São Vicente, Cabo Verde. – ALMEIDA, Cídio Lopes de. Da Inteligência Artificial à diminuição da inteligência analógica e orgânica. 15 de out. 2024. Mindelinsite. Mindelo, Ilha de Santiago, Cabo Verde.…

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O Tomo 2 das Obras completas de Rodolfo Kusch é um estudo crítico do pensamento indígena americano, contrastando-o com a cultura ocidental. Kusch explora a cosmovisão e a filosofia dos povos indígenas, analisando suas concepções de tempo, espaço, divindade e vida, e as relaciona com a arte, a mitologia e a história dessas culturas. O autor critica o eurocentrismo e a imposição de modelos ocidentais sobre a América, argumentando que o pensamento indígena oferece uma perspectiva única e valiosa para entender a realidade do continente.

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O livro “De la Estética de la Recepción a una estética de la participación” do Adolfo Sánchez Vázquez analisa a evolução da estética da recepção, que coloca o receptor como um elemento ativo na criação de sentido da obra de arte. A obra discute os conceitos de “obra aberta” e “socialização da criação”, defendendo a necessidade de uma participação prática do receptor, e não apenas intelectual, na construção da obra, especialmente no contexto das novas tecnologias como jogos de videogame e realidade virtual. O livro destaca como a participação do receptor, além de ampliar o potencial criativo, contribui para a democratização da produção artística, questionando o papel do capitalismo na produção de arte banalizada e a hostilidade que esse sistema demonstra à criatividade.

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O livro “Salazar e a revolução em Portugal”, de Mircea Eliade, é uma análise da história política de Portugal desde o século XIX, explorando a transição do país para um regime republicano e as forças políticas que moldaram essa mudança. O texto também explora a ascensão ao poder de Salazar e a implementação do Estado Novo, um regime ditatorial fundamentado em ideais cristãos católico apostólico romano, focando-se nos princípios corporativistas e espirituais que moldaram seu governo.

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