Caio Fábio e a Maçonaria
Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida
LOPES DE ALMEIDA, C. Caio Fábio e a Maçonaria. São Paulo: AMF3. 2019. Acessível em: https://amf3.com.br/caio-fabio-e-maconaria
Não, ele não é ou eu não sei nada disso.
Vamos fazer uma série de textos sobre Caio Fábio e a Maçonaria. O eminente cristão dedicou no seu “portal” https://caiofabio.net/buscar-portal 30 tópicos sobre esse tema. Alguns na forma de texto outros em vídeo.
A ideia de tomar o que está no referido portal decorre de uma sugestão dele próprio. Noutro vídeo, que agora não lembro qual, ele sugere que os leitores e espectadores assim o fizesse, isto é, procurasse no portal o que havia sobre o tema do interessado. Como somos um apreciador do trabalho pastoral de Caio Fábio, topamos a ideia para o atual tema da maçonaria.
Outro ponto importante que desejamos salientar, nesse texto geral e preparatório, é que discordamos e concordamos com Caio Fábio. Isso mesmo, apreciamos vários aspectos do seu trabalho pastoral, especialmente das aproximações que o mesmo faz entre mensagem do evangelho e psicanálise, por exemplo. Ou ainda suas denuncias proféticas no que toca os expedientes do poder nas instituições cristãs. E claro, discordamos de outros, como algumas interpretações no que toca ao tema maçonaria, ainda que concordamos com outros e até iremos mais adiante.
A escolha de um crítico para diálogo exige alguns critérios. Não é fácil, por exemplo, tentar estabelecer diálogo com quem não dialoga. No caso do tema maçonaria abundam na internet tais autores detratores. E por mais que se tente uma “beirada” para uma conversa, nota-se que há total ausência de ouvidos. Ademais, tais detratores desconhecem por completo o tema maçonaria, produzindo verdadeiras fábulas, anedotas, alucinações do que seria a tal maçonaria.
O verdadeiro diálogo implica um mútuo aprendizado, sem a fissura compulsiva/impulsiva de uma vitória. Nesse sentido Caio Fábio me ensina não só sobre sua fé “cristã protestante”, mas ao colocar de modo qualificado questões maçônicas, me obriga a reavivar na memória e recorrer a livros e manuais as efetivas nuances implicadas na prática maçônica. Sim, ele também me ensina naquilo que eu deveria saber e não sei. O fato é que ele ao por suas críticas, faz algo que a convivência com confrades coloca em segundo plano, que é a constante revisão/cultivo da investigação filosófica dos fundamentos da maçonaria. Dai a importância de um interlocutor que seja outro, simplesmente outro.
É claro que minha interlocução com Caio Fábio é uma imaginação da minha parte. É uma interlocução com seus textos e vídeos e espero ao menos ser modesto. Reconhecendo desde já a diferença sapiencial entre nós; sem aqui tentar parecer o que não sou, a vida pastoral de Caio Fábio é um planeta, enquanto minha experiência docente é um asteroide. O que não me impede de manifestar alguns descontentamentos, como o farei mais em detalhe nos textos seguintes. E deixando a metáfora planeta e asteroide, espero nesse exercício não me chocar contra ele, mas aprender.
Por fim, nesse texto geral, sinalizo que o diálogo sai da superfície e estereótipos e vai às questões essenciais. Dentre os vários tópicos, por exemplo, Caio Fábio cita uma carta de seu pai (CARTA ABERTA DE MEU PAI À MAÇONARIA) na qual o tema é tratado de um modo brilhante, no âmago do essencial a ser discutido sobre maçonaria e cristianismo. Essa carta de 25 de maio de 2008 é o segundo tópico da lista dos 30, mas devo começar por ela.
Aguardo a todos no próximo texto.
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