Cabala do cartão de crédito

Cabala do cartão de crédito
Mestre Yoda – Na cabala não tem sabre de luz. 

O títulos dos textos que escrevo tem certa ironia. Nesse caso muito ironia. Quero começar uma reflexão sobre a procura pela palavra cabala e mesmo pelo assunto em geral.

O que se nota é uma ideia equivocada de que a cabala, uma tradição de estudos, irá resolver seus problemas. Ainda na esteira dos “pré-conceitos”, pensa-se que todo judeu seja rico por isso. Afinal, vaticinam os  curiosos, até a Madona “entrou na cabala”.

Aliás, parece que ser judeu hoje no Brasil é ser chic, desconhecendo toda a história de perseguições dessa etnia ao longo dos tempos. Sem falar das recentes ondas de manifestações antisemita que se tem verificado eclodir na Europa de hoje.

Trata-se de um tipo de saber e ele está longe do cartão de crédito ou de qualquer lição do tipo “o maior vendedor do mundo”. Uma sabedoria que recebeu influências das várias culturas por onde viveram os judeus, notadamente começando por Narbone, sul da França, mas também em Toledo e Cordoba na Espanha.

Depois, junto com os judeus sempre expulsos por algum governo local, esse saber foi para Itália e todo o Leste da Europa.

Nesse percurso elementos da Filosofia, sobretudo de pensadores ditos pitagóricos, foram absorvido no interior da tradição de leitura e interpretação  da Torah e, consequentemente, na produção das reflexões sobre o que hoje se chama de “Qabalah”.

Enquanto sabedoria filosófica vale estudar. Enquanto manual de economia será uma frustração. 

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