ACADEMIA/ACADÉMICO

ACADEMIA/ACADÉMICO
Fonte:Dicionario_do_nome_das_coisas




O termo, divulgado em praticamente todo o mundo ocidental,
deve-se ao facto de assim se ter chamado à escola de Platão. Não
fora isso e aquele que lhe deu origem nunca teria deixado de ser um
obscuro personagem da mitologia grega.

E que «academia» deriva de Akadémos e foi nome próprio. Acade-
mus
ou Hecademus, via latim, etimologicamente, origina-se do grego
hekás (aquele que age longe) + dêmos (povo), o que, em tradução
livre, significaria «aquele que age livremente, fora das pressões do
povo».

Helena, a de Tróia, antes de ser levada por Páris, foi raptada por
Teseu, herói de Atenas. Espartana, tinha como irmãos os gémeos
Dioscuros, Castor e Pólux (filhos de Zeus,
diós, e Kúroi, filhos). Tra-
taram de procurá-la na Ática. Não estavam a ser muito bem-suce-
didos, quando surgiu Academo, que vivia perto de Atenas e, não se
sabe como, era conhecedor do local onde a jovem fora aprisiona-
da, uma fortaleza na cidade de Afidna. Comunicou a informação
aos gémeos, estes libertaram Helena e ficaram gratos a Academo, a
quem pouparam a propriedade aquando das guerras com Atenas.
Essa pequena quinta localizava-se a mil passos (cerca de dois qui-
lómetros) da capital grega, para além do bairro do Cerâmico e era
conhecida como a
Akadémeia.

Platão, que morava perto, aproveitava os jardins da zona para dar
as suas aulas. Academo já tinha morrido há muito, mas o túmulo
ainda subsistia. O filósofo deve ter comprado o terreno (era de fa-
mília nobre e rica) e ali construiu o seu estabelecimento de ensino,
constituído por salas de aulas, alojamentos para os alunos e o
Mu-
seum,
edificação dedicada às musas e que era, de facto, a biblioteca
da «universidade».

Todo o conjunto passou à posteridade como a «Academia de Pla-
tão».

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