Depois de 30 anos a roça ganhou novo nome e público. Agora se mencionarmos “meio ambiente”(equivocadamente tomado como apenas o matagal, as plantas, o bichos…), ecologia, sustentabilidade, logo veremos os meninos da “vila Madalena, do Leblon, dos Jardins” logo se simpatizarem.
A cada dia tais adolescentes tem feito com o tema dispute um lugar em meio ao papo do consumo corrente entre os seus amiguinhos. O ambiente vira e encaminha para ser hegemônico enquanto novo discurso político.
Nele passa batido o preto, a puta, o traveco, a luta de classes. Se desloca o embate que há entre os indivíduos para um tema “legal”, cheiroso.
Ainda que a contradição é brutal. Pois quando nos aproximamos de tais discursos, quando vamos viver no cotidiano com tais propaladores do “verde”, vemos que eles são ET’s em matéria de roça. O que eles conhecem de meio rural é uma recorte ao estilo do Parque Ibirapuera ou do Jardim Botânico. Eles não sabem produzir a comida que eles mesmos consumiram. Também omitem que o seu tempo livre para “bater perna pelo meio do mato”, (Caminhada Ecológica) é remunerado por alguém da família. E não conseguem, portanto, pensar a complexidade que implica o meio rural. Que implica em produzir para massas urbanas.
Eles ficam no mundo da fantasia, no “laboratório” que é regado pela renda do Pai. Alguns até vão para o Greenpeace ou a WWF. Dica de passagem, vão ser fundamentalistas do verde.
Quantas fazendas de produção de comida tem o Greenpeace? Defender o verde usando MAC é uma maravilha. rssss