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2 de outubro de 2012 por cidiolopes

A reunião das Ferramentas

A reunião das Ferramentas
2 de outubro de 2012 por cidiolopes


Contam os mais sábios que em
uma certa oficina de carpinteiros houve uma vez uma estranha reunião.
Foi uma Sessão econômica,
promovida pelas ferramentas, com vistas a equalizar suas diferenças,
divergências naturais, decorrentes das características individuais, porém
fundamentais ao labor congregado.
O martelo exerceu a
presidência da Sessão e o lápis o secretariou.

Na ordem do dia,
os participantes notificaram o martelo que ele teria que renunciar ao cargo. A
causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava o tempo todo desferindo
golpes, como que em julgamento.

O martelo
aceitou a culpa, no entanto, pediu que o parafuso também fosse expulso da
reunião, argumentando que ele dava muitas voltas para poder cumprir com os seus
objetivos. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, solicitou
a exclusão da grosa e da lixa. Argumentou que elas eram muito ásperas no
tratamento com os demais e que suas intervenções eram abrasivas e desgastantes,
pois seu modo de atuar produz muito atrito.

Sem muitos argumentos, eles
acataram a decisão, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre
avaliava os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento, o
CARPINTEIRO entrou na reunião, juntou as ferramentas, a madeira bruta, o lápis,
para as devidas anotações e deu início ao seu trabalho. Utilizou o martelo, a
grosa, a lixa, o metro, e o parafuso.

Finalmente, aquela rústica
madeira foi convertida em um polido e fino móvel.

Quando a carpintaria
ficou novamente só, a assembléia retomou a ordem do dia e reiniciou a
discussão.

Foi então que o lápis, no
ofício de elaborar a ata, atividade que reflete as conclusões do metro, tomou a
palavra e disse:

Senhores, ficou
demonstrado que temos defeitos, no entanto, o CARPINTEIRO trabalha e constrói
suas obras com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não
pensemos em nossos pontos fracos e concentremo-nos em nossos pontos fortes.

 

A assembléia
concluiu que o martelo deve ser firme e forte, por sua condição de dirigente, o
parafuso, precisa manter seus movimentos circulares, pois em seu giro atua como
elemento de ligação, unindo e dando consistência à obra do CARPINTEIRO; a grosa
e a lixa são especiais: a 1ª, tem a responsabilidade de desbastar e tornar
menos grosseira a madeira bruta; a 2ª, o ofício de polir e aperfeiçoar tudo o
que se encontra em estado imperfeito; já o metro, necessita ser preciso e exato
em suas intervenções, pois representa a medida, a convenção, a regra.

A partir desse
momento, as ferramentas sentiram-se como uma grande família, capaz de levar a
efeito, com sabedoria e perfeição, as ações do CARPINTEIRO. Ficaram alegres
pela oportunidade de trabalhar em conjunto e comungar um mesmo ideal.

Estando tudo
ajustado e perfeitamente de acordo, o lápis lavrou, no livro de registros, o
resultado da convenção, segundo os usos e costumes da Carpintaria.

 

Coincidentemente,
esse fenômeno, também, se manifesta na vida dos seres humanos. Basta, para
tanto, observarmos e constatarmos os fatos.

Quando uma
pessoa busca encontrar em outra somente defeitos, o ambiente torna-se tenso e
negativo. Ao contrário, quando se procura enxergar, exclusivamente, os pontos
fortes, o ambiente pode se tornar superficial. Porém, quando desejamos, com
coragem, prudência e justiça, valorizar os pontos fortes e desenvolver
positivamente os pontos fracos, o ambiente se revela harmonioso e os trabalhos
profícuos. Naturalmente, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil e
perfeitamente humano identificar em outras pessoas defeitos, qualquer um pode
fazê-lo. No entanto, encontrar qualidades… bem, isto é um privilégio
reservado somente aos sábios!!!

Artigo anteriorA régua, o maço e o cinzel.Próximo artigo Vigilância e Perseverança

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