Resenha:
O leitor brasileiro tem um problema ao procurar ler sobre Maçonaria. A qualidade da literatura é infame, e há uma confusão elementar nas terras dos bacharéis: advogado como literato. Escrever e manipular processos não é vida intelectual, operador jurídico não é filósofo e muito menos intelectual.
A história sobre os bacharéis em terras tupinikin`s é longa e nosso propósito nessa minúscula resenha é apenas ressaltar a obra “A maçonaria Operativa” de Nicola Aslan.
A obra tem uma urdidura de idéias exemplar da boa escrita. O autor, como consta nas várias citações, absorve aquela qualidade literária da língua de Voltaire e imprime estatus científico/filosófico a um texto destinado ao leitor não acadêmico de umas das modalidades mais numerosas de sociabilidade brasileira. Cumpre o papel de fornecer informação e sentido para o membros dessa confraria que, apesar de estribada sob ideais iluministas, frequentemente são meros reprodutores de “panfletagem” ideológica.
Vale a leitura.