A FILOSOFIA NATURAL COMO QUESTÃO INSTITUCIONAL: A OPOSIÇÃO DA IGREJA CATÓLICA À FRANCO-MAÇONARIA

A FILOSOFIA NATURAL COMO QUESTÃO INSTITUCIONAL: A OPOSIÇÃO DA IGREJA CATÓLICA À FRANCO-MAÇONARIA

A FILOSOFIA NATURAL COMO QUESTÃO INSTITUCIONAL: A OPOSIÇÃO DA IGREJA CATÓLICA À FRANCO-MAÇONARIA

 

Pierre Boutin 

Tradução

Cídio Lopes de Almeida

Doutorando Ciências das Religiões

Faculdade Unida de Vitória

 

Bolsista FAPES

Resumo

 

Pesquisas sobre a oposição católica à Maçonaria, declarada em 1738, elucidaram sua relação com eventos políticos, mas suas fontes doutrinárias são desconhecidas. Deve-se levar em conta seu contexto, em particular a exclusão das igrejas da elaboração e legitimação da filosofia natural. As condenações de Clemente XII e Bento XIV, direcionadas às concepções políticas contidas nas Constituições de Anderson (1723), prolongaram a controvérsia em torno da intrusão da física newtoniana e da experimentação no campo social. Assim, a hostilidade da Igreja não é surpreendente, pois o legislador maçônico elaborou um modelo político liberal, inspirado na lei natural, utilizando a nova relação entre filosofia natural e moral e o modelo gravitacional de Newton. Isso inclui a ideia do indivíduo como sujeito à lei, da liberdade concedida pela lei e da autonomia da política em relação às instituições religiosas e da filosofia em relação à teologia.

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