Vamos de férias!
O fetiche é “ir”, sair de férias e viajar. Sim, fetiche, na media em que o ir é deslocado de seu sentido inicial de ida. O ir tem sobretudo um efeito sobre os que ficam, despossuídos de um lugar utópico para onde alguns vão e outros ficam.

Na classe média alta, aquela que ama Miami (a cidade mais desigual dos EUA segundo a Forbes), ir é um imperativo de cada férias. No pacote está também aquele vislumbre do paraíso que é lá fora.

Sobre o ir, em última instância ele sempre nos parecer ser um deslocamento do sentido do próprio ir. Na verdade se formos radicais, todo ir é um fetiche, é um deslocamento de sentido. Na verdade não há um sentido para ir.

Portugueses vão desde os século XV. Ali chegaram vários desde os anos 711 d.C. Os nômades berberes foram e ali pararam.

Seria de Portugal essa nossa herança em ir sempre?

O fato que estamos sempre indo, a humanidade sempre está se deslocando. Parece ser mesmo uma confusão entre nossa consciência que é puro movimento e o movimento externo à nossa consciência.

O problema mais relevante do ir sem sentido; ir por convulsão, é quando chegamos. O que fazer? No caso da cultura da obesidade(USA) se come e como novamente. E depois?

Sempre bom lembrar, no USA existem várias facetas culturais. Quando me refiro de modo crítico a certos hábitos daquele país do norte não pretendo reduzi-lo e privá-lo dos outros muitos aspectos culturas relevantes. Em seguida, certos hábitos alimentares e de consumo deles se reproduzem entre nós, portanto a crítica também serve a certos aspectos dos brasileiros.


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