A transcrição do vídeo apresenta uma conferência aprofundada ministrada pelo Prof. Dr. Renato Epifânio sobre o conceito de lusofonia — compreendida como uma comunidade cultural, linguística e filosófica formada em torno da língua portuguesa e de seu legado. A exposição aborda a lusofonia sob múltiplas perspectivas: filosófica, histórica, cultural, linguística e geopolítica. Dr. Renato, filósofo, traça as raízes da lusofonia por meio de figuras literárias e filosóficas portuguesas, do impacto global da língua portuguesa e de como a lusofonia atual ultrapassa o âmbito linguístico, incorporando identidades culturais que conectam populações diversas nos continentes europeu, africano, latino-americano e

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O presente trabalho apresenta uma resenha crítica do diálogo “Crátilo” de Platão, obra fundamental para a filosofia da linguagem ocidental, e sua retomada contemporânea pelo linguista francês Émile Benveniste. O texto analisa a estrutura argumentativa do diálogo platônico, as posições defendidas pelos personagens e as implicações filosóficas das teses apresentadas sobre a natureza dos nomes e sua relação com a realidade. Em seguida, contextualiza historicamente o tema da linguagem desde a Antiguidade até a contemporaneidade, destacando como as questões levantadas por Platão foram reinterpretadas ao longo da história do pensamento ocidental. Por fim, apresenta a teoria da linguagem de Benveniste como uma retomada e transformação das questões do Crátilo, evidenciando como o linguista francês supera as dicotomias tradicionais entre natureza e convenção, pensamento e linguagem, sujeito e objeto, oferecendo uma perspectiva contemporânea sobre problemas filosóficos milenares.

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A “Introdução à Filosofia da Mitologia” de Vicente Ferreira da Silva representa uma ruptura com o subjetivismo e o antropocentrismo filosóficos, propondo um novo objetivismo onde o mundo espelha uma constituição transcendental ligada a um projeto original. A obra argumenta que a compreensão da religião e da mitologia só é possível ao superar o pensamento ancorado na condition humaine, inserindo essa nas forças instituidoras do Ser. O autor introduz a noção de um Ser transcendente como Sugestor e Fascinator, fonte de todas as possibilidades e cuja manifestação primordial se dá na Mitologia, compreendida não como criação humana, mas como a vida prototípico-divina e a abertura de um regime de fascinação. Nesse contexto, o ente, incluindo o ser humano, é visto como sugerido e fascinado pelo Ser, sendo a própria ideia do homem uma sugestão aórgica [não posto pelo homem], ou seja, não posta pela liberdade humana. A verdadeira objetividade reside no reconhecimento desse oferecer transcendental do Ser, exigindo uma superação do hominismo para uma sabedoria do transumano.

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