Rito Schröder

Rito Schröder

Nossas primeiras impressões do Rito Schröder parecem positivas. Reiterando a idéia de que rito é apenas um método educacional, talvez pré-revolução industrial, o pequeno livro de Ubrajara de Souza Filho é didático e estimulante.

Na parte do livro que o autor se dispõe contextualizar o surgimento do ritual na Alemanha do século XVIII – XVIX algumas surpresas. Primeiro no que toca a exposição da teoria de Kant. A síntese consegue apresentar o pensamento do “régio-montano” sem obliterá-lo. Ademais, nos surpreendeu a novidade apresentada por Souza Filho de que Hegel, entre outros filósofos, eram Maçons.
O livro parece-me milimetricamente pensado para o contexto maçônico, que é de pouca cultura e cheio de distorções, próprias daqueles que não são cultos e querem se passar por tal. Caso contrário, minha avaliação dessa obra não seria favorável. Noto que ela é muito limitada de conteúdo e carrega um nome pomposo demais para seu conteúdo: “Vade-Mecum do Aprendiz”. Não sei se é por influências dessas expressão latina nos livros, volumosos, de Direito, ou por comparação ao contexto cultural alemão que ela pretende discorrer. Ser este manual de consulta a tão vasto contexto cultural na qual o Rito Schröder nasce é um trabalho que talvez o autor dê sequência em outros livros e complete a lacuna de conteúdo deste “folheto” de instruções breves. 

Ademais, as lacunas notadas não diminui o livro, pois conhecemos o contexto maçônico e sabemos das dificuldades de implementar uma cultura nos moldes do “ZeitGeist” em terras tupiniquins.

da Academia Maçônica de Filosofia

3 comments

À Academia Maçônica de Filosofia,

Escrevo-lhes para agradecer a resenha do livro de minha autoria – “Vade Mecum do Aprendiz: Rito Schröder”, editado pela Ed. A Trolha, abril 2011; e, também, se me permitem, para registrar alguns pequenos esclarecimentos que julgo oportunos. A ideia dessa obra é ‘complementar’ três livros anteriores que publiquei pela mesma editora abordando os graus 1, 2 e 3 do Rito Schröder, uma vez que faltava apresentar aos leitores os rituais litúrgicos complementares (loja de Mesa e Exéquias), assim como algumas chamadas sessões ‘à campo’, que também são próprias do rito (Noite dos Convidados). Por oportuno, resolvi apresentar algumas ‘respostas’ às dúvidas mais comuns sobre a prática litúrgica, bem como de seus ‘usos e costumes’ consagrados, que foram debatidas no site do grupo. Eis a origem da utilização do termo “Vade Mecum”, concordo que pretensiosa, porém com o objetivo pensado de servir como uma espécie de ‘monitor’ complementar de informações aos rituais e aos livros já editados.

Alegra-me muito, vocês terem se apercebido que a obra foi (sic) “milimetricamente pensado para o contexto maçônico”, pois foi, exatamente, essa a minha intenção como autor e tem sido minha proposta cognitiva em diversos artigos e nos outros livros editados: de forma concisa e didática, levar sempre em consideração o contexto da linguagem e do pensamento maçônico em todos os temas abordados.

Sei que os tempos estão difíceis para a cultura na maçonaria, mas não podemos desistir. Somos partes integrantes daqueles que pretendem mudanças positivas no ‘espírito da época’.

Reitero os meus sinceros agradecimentos e desde sempre me coloco à disposição dos irmãos naquilo que puder colaborar.

Irm. Ubyrajara de Souza Filho
Grande Secretário de Cultura da GLMERJ

Saudações Caro Ir. Ubyrajara.

Obrigado pelas considerações e diálogo. Este blog, a exemplo dos textos de Nietzsche, optou por ser "intempestivo", para ver se provocava os leitores.

A provocação pode ter várias faces. Mas a que nos interessa é aquela que convida para "algo mais". Para a boa conversa, especialmente a filosófica.

Nesse sentido, pedimos sinceras desculpas se fomos injustos ao avaliar seu texto. Sabemos que preparar um texto introdutório é uma cirurgia conceitual. Devemos escolher a pinça as palavras, depois, quase que munido por um microscópio, arrumar a ordem das palavras, pois pressupomos um leitor genérico, uma média, para a qual intentamos falar.

Nesse sentido o seu trabalho em questão demonstrou essas qualidades de um hábil artesão. Reconhecemos nosso erro em ter chamado esse importante material introdutório de “folheto”, nossa perspectiva estava equivocada. A perspectiva nesse caso conta muito e parece-nos que se trata do leitor maçônico o seu ponto de olhar. O nosso era a Filosofia, a tradição filosófica ocidental.

Sem mais, reiteramos nossos agradecimentos pela produção do livro. Já estou com os outros volumes para fazer a leitura deles. Assim que possível espero poder “postar” outras resenhas do seu trabalho, pois o debate no blog pode, e esperamos remeter mais leitores do nosso blog ao seu trabalho cultural.

Pessoalmente estou interessado em participar ou visitar uma Loja que trabalhe no Rito Schröder.
TFA
Ir. Almeida
ARLS Luz, Paz e Justiça, 308 – GOP

Caro Irm. Almeida,

Conforme registrei, sinto-me gratificado em ter o meu livro comentado nesse respeitável blog.

A sua manifestação de interesse em conhecer e Rito Schröder e visitar as Lojas que o praticam me encheu de alegria e justifica a publicação dos livros. Espero que outros irmãos sigam o seu exemplo.

Um fraterno abraço, continuarei acompanhando o blog.

Irm. Ubyrajara

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