Capital Cultura

Entrevista concedida ao Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida, da AMF3 Escola de Filosofia.

1) Frater Rosemaat Abiff, quem ele é?

Frater Rosemaat Abiff é um gaúcho de 33 anos, nascido e criado na cidade de Pelotas na zona sul do Rio Grande do Sul, um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso, tentando sobreviver sempre, uma pessoa que gosta muito de conhecimento.

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Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida

A Pandemia de Covid-19 tem posto alguns temas. Na verdade, tem explicitado modos de funcionamento do comportamento humano. Para esse texto destaco dois apenas. O primeiro é a indiferença da classe média, especialmente a fração mais alta desse seguimento, com os demais brasileiros. O segundo tema é o papel do fenômeno religioso em manter grandes porções de brasileiros em situação de empobrecimento linguístico. O que acarreta no caso dos ditos “crentes” um comportamento do enclausurado em desespero.

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Ter discípulos ou ser discípulos são situações no interior do magistério que em nossos dias parecem estar fora de “moda” e pertencente apenas ao mundo das ficções ou período histórico medieval. Preferimos o lugar mais comum de professor e aluno. Contudo, como professor particular de filosofia o tema tem-se feito presente de várias formas, mesmo que eu tenha certa resistência em falar dele. De fato, na relação de professor particular de filosofia, com frequência desloca-se daquela “necessidade” habitual de quem contrata esse serviço educacional. E de modo orgânico caminha-se para uma relação interpessoal que nos remete ao tema do mestre e do discípulo.

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Cídio Lopes de Almeida
Cídio Lopes de Almeida

Houve no Brasil um processo de eugenia, que é bem documentado. Tratou-se de importar de modo ativo brancos para substituir os pretos aqui existentes. O nome desse processo chama-se eugênia. A eliminação do preto se deu por asfixia material e depois por construção de um aparato cultural que o identifica ao abjeto. Em todas as dimensões esse traço valorativo tingiu e estruturou o gosto. Tudo que é do preto e daquele que se aproxima do preto é abjeto. O que hoje conhecemos como sendo a “necropolítica”.

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Capital Cultura

Quem nasceu nas classes empobrecidas aqui no Brasil sabe bem esse dilema. Na verdade, quem nasceu aí e ousou se enveredar pela aquisição do capital cultural. E fato objetivo que as elites brasileiras, como bem escreve sobre Jessé de Souza, não são dadas à aquisição do tal capital cultural. O modelo ‘astro de futebol’ reflete bem o que é ser alguém com capital monetário e com pouco ou com um tipo vulgar de capital cultural.

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Cídio Lopes de Almeida
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