Nesses aspectos o parâmetro é a Legalidade onde ele opera. No caso do Brasil, trata-se uma pessoa dentro da legalidade. Pois, caso contrário já teria sido sentenciado pelas instituições democráticas. Obviamente que na democracia a grande questão é admitir um conjunto de regras e jogos. Não sendo um modelo rígido, unitário, uníssono, com Leis que são “manuais” procedimentais, etc. Portanto, Edir é alguém Legal no que faz e não se discute as variações e acomodações Legais que seu “negócio”configura dentro da Democracia. Discutir isso é uma verve fascista/nazista muito em voga em nossos dias. Esbravejar que a Democracia não é democrática é um bordão que tem verdades e mentiras. Pois não se pode esquecer que uma certa polissemia é parte vital da Democracia, o que não implica qualquer sentido.
Pois bem, Edir Macedo nos aspectos Legais tem negócios Legais como a Votorantin (acusada por degradação do meio ambiente por onde atua) a Fiat, etc. A discussão acerca de suas práticas, portanto, se dão em outros âmbitos e não constituem discutir sua Legalidade. A discussão que se propõe faz parte do sistema Democrático vivo, feito por forças vivas do tecido social.
Nesse quadro, o que se discute na ordem da ética, sempre tomado modelos ideais longe da vida concreta, é que Edir não é ético. Tem métodos inescrupulosos, “arranca” dinheiro do povo. O que não implica de denomina-lo de ilegal, mas de propor um debate sobre essa sua prática Legal no seio da Democracia e se queremos isso. O que não implica em eliminar Edir, arrastá-lo em praça pública, “amarra-lo no poste”, como fizeram com aquele jovem lá no Rio de Janeiro ou com um professor de História aqui na zona sul de São Paulo. Calma, pois no processo Democrática também se criou valorosos instrumentos para administrar essa capacidade imbecil de cada um de nós humanos.
Outros aspectos que nos assusta nas práticas de Edir Macedo é sua capacidade de teatralizar suas práticas de “Teologia da Prosperidade”. O que nos faz lembrar dos anos 30 do século passado na Alemanha. Hitler tinha uma capacidade e inventar marchas, bandeiras, broches, medalhas, sociedades secretas, e dar asas a uma imaginação simplista sobre tudo e todos.
O Segredo do Templo de Salomão do Edi Macedo consiste em apossar de símbolos de outras experiências religiosas e torná-los vibrantes poderosos. Mesmo que para isso esteja em total contradição com a realidade do “produto” que ele vende. Hitler também fazia essas uniões de coisas desconexas, sem pudor, basta tomarmos a suástica e os germanos ou mesmo a relação dos “arianos” com os alemães, uma coisa totalmente forjada por vários nazistas. Citando apenas Chamberlain e sua história fabulosa. Nesse sentido é que o Templo de Salomão do Brás é um sinal de loucura, pois revela que as estratégias comerciais do Edir flertam com expedientes inerente às massas empobrecidas e sedentas para terem direitos básicos. Ele pega carona em necessidades reais e de direito, à aspiração dos milhares de brasileiros alijado historicamente de seus direitos, para tirar seus proveitos. Para “anunciar a sua boa nova”, que nesse contexto de sede por direitos parece-me muito mais como uma imposição do seu ponto de vista.
O que nos resta muito bem breve será os Maçons e as demais sociabilidades “esquisotericas” começarem a ter visões místicas no interior desse Shoping da Fé. Os relatos irão apinhar as Lojas Maçônicas e as demais “comunidades” alternativas.
O Segredo do Templo será que nós repetimos a história naquela que ela tem de pior.
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