Poucos, especialmente aqui em São Paulo, perceberam que há limite para discordar de modo democrático. A linha foi ultrapassada e poucos registraram esse fatídico fato. Incrivelmente foi uma tentativa ilegal, pois liberdade de impressa não é liberdade para calunia.
O ódio ao PT tem contornos muito sintomáticos aqui em SP. Só se sabe que se odeia, não se sabe porque se odeia. Quando lemos sobre o nazismo ou fascismo nos perguntamos como teses tão vis puderam cometer tanto assassinato. Como ideias tão tortas, mau construídas, como mentiras, idiotices de um nível argumentativo elementar pode servir de base para uma política de Estado? Pois bem, estamos em pleno ano de 2014 observando nascer, ao menos aqui em São Paulo Capital, elementos do mesmo tipo que fundamentou os mais hediondos governos.
Quando se odeia já é um péssimo sinal, quando se odeia sem saber explicar o ódio, ou tece argumentos inconsistentes, no qual se atribui ao PT práticas exatamente dos seus opositores, a coisa tende a ir mau.
A ausência de uma formação política mínima permite néscios no assunto, porém, no advento do consumo e da internet, tais não especialistas são alçados para o lugar de entendidos. É aí que a coisa se complica, pois pessoas que não sabem, por exemplo, que no Brasil se vota é no partido, e não na pessoa do candidato; que confunde atribuições dos Poderes Constituídos; que são, em última análise, inscritos nas estatísticas oficiais(que não são do PT), como analfabetos funcionais, agora passam a ser especialistas em política.
Não só o bom senso, como dizia Descartes, mas especialista em política também tem distribuição igual a todos. Será desse pensamento por curto-circuito que uma direita facista irá tirar proveito. Será de um Aécio prometendo “choque de gestão” e afundando o Estado de Minas Gerais em dívidas que a direita irá se encaminhar para uma extrema direita.
A formação política em épocas de crédito generalizado, de internet a todos, de facebook para todos, certamente é uma atividade difícil, pois formação política “prá quê?”
Filosofia “prá quê?”.
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