Monoteísmo autoritarismo e patriarcado

Monoteísmo autoritarismo e patriarcado

Monoteísmo autoritarismo e patriarcado

Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida

 

LOPES DE ALMEIDA, C. Monoteísmo autoritarismo e patriarcado. São Paulo: AMF3. Acessível em: https://amf3.com.br/monoteismo-autoritarismo-e-patriarcado

 

 

O que importa no monoteísmo não é Deus, mas o exercício de poder total sobre o real. E que sempre coincide de tal exercício de Poder ser usufruído por um homem ou um coletivo de homens.

 

Podemos tomar como hipótese que o monoteísmo é uma religiosidade fundando sobre o modelo social do homem. Daí se enquadrar dentro do tema patriarcado, como é pesquisado pela antropologia e por autores que se interessam pelo simbólico como forma de lermos a realidade humana. 

 

O tema do patriarcado e do matriarcado são duas fontes de reflexões para podemos pensar as dinâmicas sociais. Como algo atua na estrutura geral e fundamental de tudo que fazemos e interagimos em sociedade. Em especial como se dá o fenômeno do sagrado, que é organizado em forma de religião. 

 

Quando tomamos essa chave de pensamento, logo notamos que as religiões patriarcais, como é o caso de judaísmo, cristianismo e islamismo, se detém muito tempo em compor regras de mando sobre as pessoas. 

 

Esse salto é possível, entre indicar que os monoteísmos sejam patriarcais, quando compreendemos as dinâmicas simbólicas da vida social humana. Aqui pressupomos uma longa história dos estudos que envolvem mitos e outras formas humanas de conhecimento baseadas numa linguagem simbólica. Como humanos operamos com essa linguagem, ao lado da linguagem racional lógica. 

 

O fenômeno religioso é a base das sociedades humanas. Muito tardiamente é que elas ousam levar uma vida “laica”. Portanto, a religião não deve ser um tema do interesse apenas de “religiosos”. O interesse no fenômeno religioso é a chave para compreendermos coisas do nosso cotidiano. Incluindo aí os aspectos negativos e positivos da nossa vida ordinária. Tomar banho ou hábito de “higienizar-se” pode ter conexão com a religião. Só para termos a noção de quão é fundamental o tema. 

 

Posto isso que religião é o fundamento do real cultural, podemos pensar que as regras de vida social que rege tudo tem estreita relação como o religiosa e o sagrado, mesmo quando nós modernos pensamos ao contrário. E quando as regras são feitas a partir de uma religião monoteísta temos aí alguns traços autoritários que advém dela. Infelizmente o primeiro traço é que se trata de algo vindo de fora e imposto. A lei de um “pai” é estrangeira à comunidade, que habitualmente ignora os afetos como traço fundamental constitutivo do que seja nosso psiquismo.  Como exemplo, podemos citar o celibato no Catolicismo Romano com um dessas regras a ignorar a condição do humano. 

 

Enfim, a título de linhas gerais era isso. 

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