Existe duas formas de abordar o tema. Pela história e pelas idéias. Em termos de história, podemos registrar em França a primeira Loja da Maçonaria na qual uma mulher foi iniciada. Considerando o contexto avançado da França no que toca as invenções sociais, afinal a Revolução Francesa não é mero fruto do ocaso, nada mais apropriado.
Ainda na historia podemos registrar a organização maçônica chamada Direito Humano ou Le Droi Humaine, Paris 1843. Nesse modelo há homens e mulheres. Em outro contexto histórico iremos encontrar Lojas Maçônicas apenas de mulheres, portanto são Lojas Femininas da Maçonaria.
Outro “front” de debate são as ideias. Os motivos das mulheres não poderem participar da Maçonaria tem várias explicações. As variações podem ir da bizarra “esquisoterica”, na qual as mulheres têm energias que não são compatíveis com os trabalhos em Loja, a outros imbróglios simplistas de que os rituais não concebem a presença da mulher.
Teria ainda os dissimulados que afirmam que as mulheres podem participar auxiliando seus esposos em atividades sociais das Lojas.
Em geral a marca é um machismo tosco que não resiste os avanços do feminismo. Mulher pode participar ou fazer maçonaria sim. A questão pode ser problematizada em outros termos; considerando que o nível intelectual dos maçons poderia ser muito mais do que é comum encontrar, penso que a ausência das mulheres nas atividades de Loja poupa as habilidades femininas de tamanhas dificuldades e simplismos frequentes em Loja.
Obviamente que uma ritualística que é feita por homens tem marcas do gosto estético desse gênero. Logo, inserir as mulheres nesse contexto pode não ser criativo, há outras possibilidades de executar os trabalhos em Loja e, nesse sentido, será mais produtivo que as mulheres não só participem da maçonaria, mas que também imprimam sua marca nesse fazer.
A essência da Maçonaria é ser uma sociabilidade organizada. Para se organizar e conseguir romper com as forças de dissolução inerente a qualquer fazer, sobretudo o da esfera cultural, toma-se um arcabouço de orientação que é a Filosofia Iluminista. Fundamenta-se ou justifica-se os motivos de se estar ali, uma vez por semana, baseado em diretivas oriundas desse grande caldo cultural denominado de Iluminismo ou esclarecimento. Resta a cada grupo manter vivo esse arcabouço cultural adicionado expressamente que o exercício de Poder em um grupo de sociabilidade deve ser exercido por todos; caso contrário vira qualquer coisa dissonante do espírito de sociabilidade inerente a marca da Maçonaria.
Quando uma Loja tem dono deve ser de roupas, pois Loja Maçônica é uma modalidade de socialização.
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