Leonardo Boff tem escrito acertadamente sobre ecologia e espiritualidade. Esse pensador brasileiro é adjetivado pelos conservadores de várias formas, não só pelos “advogados” que se confundem com teólogos, mas até mesmo por jornalista de pensamento conservador.
Poucas vezes, contudo, tais detratores ou meros discordantes explicitam o que propriamente motiva suas criticas.
Quero aqui citar apenas um trecho do livro “Ética e Ecoespiritualidade”:
“A Teologia da Libertação nasceu no interior de um compromisso e de uma prática visando à libertação dos oprimidos. Não se trata apenas de refletir sobre um tema a mais além daqueles muitos do calendário teológico, o tema da libertação. Trata-se de pensar a totalidade co conteúdo da fé e do Evangelho a partir de uma prática de libertação e de uma opção pelos pobre contra a sua popreza.”(p. 134)
O que há de tão “acintoso” nas argumentações acima? Ademais, o que há de tão ‘demoníaco’ em colocar em cheque o Poder? Claro, o próprio poder irá eliminar que não o aceita e consegue elaborar efetivas estratégias que consigam pensá-lo, fustigá-lo.
Ademais, tais críticos, que as vezes no afã de imporem seus argumentos passam para a difamação mesma, não revelam a público que a questão é meramente de Poder. Como parte do Poder dissimulado, estágio mais avançado do exercício do Poder, a trama se envereda pela teia simbólica. Que é parte fundamental da manutenção do Poder capilarizado.
A feroz fala do “internetês”, na verdade tem posto em perigo a dissimulação. O fato de vários poderem se expressarem nua e cruamente, como esse escriba aqui, permite, em segundo momento, aparecer, em cada pequeno tirano que é tiranizado e se identifica com seu algos, os lados ocultos do Poder. Apesar da aparente eclosão de micro-tiranias com a internet, tem, por outro lado, provocado uma exposição aberrante das maldades cotidianas. Todos sabemos, ao menos quem compreende de política profissionalmente, que o mal não pode ganhar a liberdade sem corroer tudo. Um General Militar sabe muito bem que é preciso ritual na barbárie da guerra, exemplo menos simbólico da imposição do Poder, pois se a coisa ficar ao léu, perde se o controle da violência e ela se volta contra o próprio exército. Assim, a internet tem cavado a própria cova dos que defendem um vida social desigual, calcada na opressão.
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