Impacto da pandemia no psiquismo
Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida
LOPES DE ALMEIDA, C. Impacto da pandemia no psiquismo. São Paulo: AMF3. 2021. Acessível em: https://amf3.com.br/impactos-da-pandemia-no-psiquismo/
Temos falando muito pouco dos efeitos da Pandemia. Na verdade, falando dela em termos de impactos no aparelho psíquico. O falar dela, pelas mídias, consiste em apenas manter vivo o medo, os riscos.
Não se preconiza que a mídia não deva falar, a questão é outra. Uma pandemia é uma tragédia que está posta e não temos como contorná-la. Podemos falar ou pensar nas suas causas, questões ecológicas, na forma como governos a enfrenta. A questão é que ela está aí.
O impacto de um medo generalizado é a isso que precisamos pensar. A exemplo das guerras, para aqueles que estão imersos nela; ou mesmo a ideia de uma guerra global gera o pânico, o pavor, a desgraça iminente. É tudo isso que devemos começar a falar. Em especial como aqueles que ocupam cargos de “mando”, pios nesse lugar eles personificam o espezinhar do medo.
Assumem o lugar imediato da pessoa que convoca aos outros para se colocarem em situações produtivas para a economia em detrimento da sua vida pessoal.
Os agentes sociais acima citados, nessa função, não passaram ao largo da memória social. Nas guerras também encontramos essas figuras que fazem dos escombros seus micro-lucros.
Contudo, quais são os efeitos desse medo prolongado nas subjetividades? O que de “concreto” já estamos vivendo? O que a fadiga do perigo iminente, tornado ainda mais vivo pelos nano-burocratas, nos causa em termos psíquicos?
Não teremos resposta rápidas. A filosofia cumpre seu papel apenas formulando as questões, abrindo espaço para que possamos começar a pensar nesse drama coletivo. Dividindo o trabalho com a vasta comunidade científica. E a partir desse ponto começarmos, num coletivo, a tratar dos efeitos psíquicos que a pandemia irá nos marcar. O adoecer psíquico está em larga escala ocorrendo; e não será dos burocratas, umbilicalmente grudados na ganancia do capital, que obteremos resposta ou políticas públicas para tal. O Estado e toda sorte de burocratas de nossos dias se comportam como aqueles “traficantes” de pessoas escravizadas; eles não veem às pessoas; veem só seus ganhos de capital. Cabe a nós, trabalhadores de todo o tipo, nos cuidar. É por demais ingênuo esperar que seja de outro modo.
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