Esboços da história da Educação: a antiguidade aos nossos dias.
Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida
Citação:
LOPES DE ALMEIDA, C. Esboços da história da Educação: a antiguidade aos nossos dias. São Paulo: AMF3. 2007. (Disponível em: http://amf3.com.br/historia-concisa-da-educacao-2/)
***
O que nos motiva nesse trabalho é fazer notações sobre os principais momentos da história da educação. Desejoso de orientar a prática educacional no presente busca-se nessa disciplina, História do Pensamento Pedagógico, e no curso de Pedagogia, familiarizar com as principais diretrizes da educação no Ocidente ao longo da clássica periodização de nossa História.
A educação nas sociedades primitivas se dava no cotidiano. Caracteriza, também, o caráter religioso do aprendizado. Princípios da não-violência, meditação, entre outros, são marcas do Taoísmo, Budismo e Hinduísmo. Relação com a natureza dotada de espírito (totemismo e animismo) é outra marca da educação primitiva e não-escolar.
Os egípcios fora os primeiros a construir bibliotecas e dar início ao pensar sobre a educação. Os hebreus, povo que teve influência dos egípcios, eram rígidos e a base de seu sistema educacional era a Torah. Com o aumento de pessoas surge a sociedades e de com suas divisões, como a família, a divisão do trabalho, a propriedade privada, o Estado, a educação passa a ser tratada como algo separado do cotidiano. Acontece em locais próprios e não mais na vida cotidiana da comunidade.
Pedagogia realista contra o modelo humanista medieval, marca uma nova guinada no pensar da educação. Jean-Jaques Rousseau (1712 – 1778 ), filósofo de um novo modo de pensar a educação. O Estado, com interesses, assume a tarefa de educar as massas. Com a revolução Industrial, que passa da produção artesanal para a produção em série nas fabricas, surge na educação a ideia de que educação é para dominar a natureza. A filosofia das luzes, Iluminismo, ganha força com Revolução Francesa que passou a discutir a educação como sendo um processo democrático, sem intervenção de credo religioso. Sem intervenção do Ancian Regime e do Clero. Emerge desse processo o Positivismo de Auguste Comte (1798 – 1857), o individualismo é a característica da educação, e o socialismo, que tem em Karl Marx (1818 – 1883) sua representatividade clássica. A primeira para as elites e a segunda sob a perspectiva do proletário.
Como o próprio nome indica a Escola Nova marca época por pretender romper com os modelos de educação oriundo do positivismo e do socialismo. Adolphe Ferrieri (1879 – 1960) foi um baluarte do escolanovismo. Acreditava que a vida é movida por um impulso espiritual e a educação deveria promovê-lo. Foi o divulgador e articulador mundial dessa forma de educação que valoriza a autoformarão do educando. Princípios elementares: “integral, intelectual, moral e física, ativa, prática, com trabalhos manuais, obrigatória, individualizada, autônoma, campestre em regime de internato e coeducação” (Aula n° ). Jonh Dewey () nos E.U.A, fórmula seus princípios pragmáticos e instrumentalistas da Escola Nova. Apregoa o convívio democrata, mas não questiona o status quo. As repercussões no Brasil foram a criação do “dos ginásios vocacionais, as escolas ativas, as escolas experimentais, aos colégios de aplicação das universidades”, entre outros. A concepção da educação no Brasil, então, passa a ser a promoção do educando.
Nos anos 20 nota-se a pressão estatal para com as práticas libertárias de educação. Em 1930 a burguesia urbana chega ao poder e, juntamente, temos em 1932 o Manifesto Pioneiro da Educação da Escola Nova (1932). A fundação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP). A reforma Capenema, (1942), no Governo de Getúlio Vargas, coloca a questão da formação técnica e a propedêutica. Uma destinada aos filhos do proletariado e outra das elites. Apesar de acordos internacionais notou-se que tinha escolas técnicas que não tinham os instrumentos mínimos.
O momento que antecede 1964 é fértil na história da educação. Contudo, tudo isso iria ser interrompido pelo Estado Autoritário dos Militares. Na educação acontecem perseguições, mortes, e cria-se a imagem pejorativa do professor “revolucionário” ou insurgente. Acontece a expansão das Universidades, mas não o suficiente, quando se cria o vestibular para resolver o problema de excesso de alunos. O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL é prelúdio da concepção de que a educação deve ser técnica. Em 71 surge a Lei de Diretrizes e Base n° 4024 que versa sobre a educação técnica.
Com o Estado Democrático a educação no Brasil tem a oportunidade de tornar-se um campo de debate e liberdade de expressão. Com a Constituição de 1988 é apresentado um novo projeto de L.D.B. Após 8 anos o Deputado Federal Darcy Ribeiro apresenta um novo projeto que é aprovado. Apesar de existirem vários projetos nacionais que envolva a educação ainda não conseguimos êxitos desejados e esperados. Temos vários programas: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF, Programa de Avaliação Institucional – PAIUB, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs Exame Nacional de Cursos – ENC. Contudo temos um sistema de educação pública sucateado, índice de analfabetismo alto entre alunos matriculados e freqüentes do sistema Oficial de Educação.
Conclusão
Enfim, estudar a história da educação é fundamental para orientar a nossa prática como docente. Ao conhecer as teorias, as práticas, as experiências educacionais do passado é que melhor sabemos fazer a nossa própria história. A consciência do nosso presente é diretamente relacionada com o passado. Planejar nossas aulas é fazer um balanço do que já foi feito por outros educadores e, agora, o que vamos fazer. Nossa ação é política e só terá esse status quando fruto de uma reflexão pessoal, sem consumir ideias, clichês, bordões midiáticos alheios.
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Não seria "Concisa"?
Não páres de escrever no blog!
Adorei ler o que tens a dizer!
bjo*
Caros leitores do meu blog agradeço pela visita e comentários.
Assim que dominar as ferramentas quero enviar agradecimentos direcionado a cada um de vocês.
Cídio Lopes
VISITE MEU BLOG http://WWW.FALTAALGUEM.BLOGSPOT.COM SOU ESTUDANTE DE FILOSOFIA DO 9º PERÍODO E GOSTARIA QUE VC ME DESSE ALGUMAS DICA PARA A MONOGRAFIA VALEU!
Olá, és professor de ensino fundamental? Possui alguma experiência nessa área?
Muito interessante seu blog.
Quero saber se você poderia me dar algumas dicas sobre livros que eu deveria ler sobre filosofia.