O que verificamos que os modelos sociais mudam. Como a tecnologia, as invenções no âmbito das relações sociais também sempre tem novidades. Nesse caso, ainda que péssimas, o que mudou foi a forma de fazer guerra. Para manter a indústria da guerra, uma das mais lucrativas, é preciso escoar a produção.
Então, lugares como a atual Síria ou o aparente fenômeno surpresa do ISIS consomem as armas feitas na civilizada França ou USA. Mesmo o pacato Brasil, “de povo ordeiro”, figura entre os 10 que mais vedem armas.
A guerra portanto existe com outros termos. A chamada guerra de baixa intensidade é um negócio lucrativo para os países Democráticos. A crueldade desse negócio, ao lado de outros como os de saúde ou dos Fundos Monetários Internacionais, parecem serem assuntos que não devemos nos ocupar. Sua crueldade pode até nos levar a pensar que se ocupar de tais assuntos faz de nós portadores de uma certa patologia. Um prazer mórbido em falar de coisas tão vis. Contudo, é preciso falar de tais coisas da condição humana. É preciso falar como tentativa de retirar das sombras esses aspectos cruéis da condição humana. Há guerras, há vítimas, há ganhos econômicos com o caos alheio, só há guerra na medida que há espólios para pagar os esforços de guerra.
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