Giordano Bruno teria dislexia?

Giordano Bruno teria dislexia?

Giordano Bruno. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Giordano_Bruno.jpg

A
palavra dislexia carrega em si duas questões graves. A primeira me parece que
está associada ao desconhecimento do assunto que ela implica e,
consequentemente, os problemas gerados por essa “coisa” que não se sabe o quê.
Outro bloco de problemas relacionado à dislexia decorre de uma dada “tentativa”
de dar nome para o problema.

Como
podemos verificar, proponho que sofremos de dois modos com a dislexia. Primeiro
por não saber que somos pessoas que construímos nossa mediação com a realidade
de maneira distinta da maioria. Como nascemos com essa habilidade, a de pensar
por imagens e não linear, nunca paramos para pensar sobre o que os “lineares”
atribuem a nós.
Ler
o filósofo Wittgenstein  nos dá um bom
indício desse problema. No seu emaranhado teórico ele já nos adverte para o
limite da linguagem em expressar muitas coisas. Será a tal da linguagem
privada. Quando lhe digo que estou com dor na perna, não lhe transmito a dor,
pois não conseguimos esse feito. Apenas lhe digo algo que estou sentido e o
interlocutor procura associar a mensagem a uma situação semelhante a qual ele
viveu.
Nos,
os dislexos (palavra problemática para nós disléxicos; esse nome deve ter sido
inventado por um linear), convivemos com um jeito de pensar e somos
vilipendiados e obrigados a pensar linearmente. Como raramente nos ocorre que
há um problema na comunicação, que parece óbvio que um verbo seja um verbo e
que um “mesóclise” seja diferente de uma “próclises”, acabamos por não
problematizar as coisas.
A
segunda problemática do assunto decorre do tipo de definição médica hegemônica
do termo. Em primeiro lugar ele ou ela é considerada um problema. Alguns até
são generosos em afixar na porta que a dislexia não é um a patologia, mas uma
síndrome. Enfim, a tipologia médica pretende se valer da história e do
prestigio de um tipo de discurso. O discurso médico. 
Se
no primeiro problema tomei Wittgenstein como filósofo de referência, o segundo
irei propor Foucault e todo sua obra sobre a “loucura” e suas implicações com o
Poder. Uma pergunta instigante sobre o dislexo seria: “não seria a escola
inapropriada para ele?” Ou seria mais cômodo e barato dizer que é ele o
inapropriado para a escola?”. Como o modelo visual da internet e companhia,
estaria o dislexo na moda?
O
presente texto é breve. Profundamente breve e tem como propósito registrar o
início de uma longa jornada de pesquisa sobre a dislexia ou o “dom” de pensar
por imagem. Para delinear a grande imagem desse texto irei  expressar sua “geografia” por imagem:
a)   
Desmonte do preconceito em torno da dislexia = Wittgenstein
e Foucault.
Wittgenstein
e suas implicações na Filosofia da Linguagem e lógica.
Foucault
e suas implicações que pensam o discurso médio e o Poder. Incluindo aqui
questões da Filosofia da Mente.
b)  
Como proposição de um novo olhar = Giodano Bruno
e o contexto das “Artes da memória” com implicações na estética contemporânea. Bruno
ao lado de outros renascentista tinham por método a criação de imagens como
método de decorar longo pensamentos; com outras implicações.
c)   
Métodos Davis ( http://www.dyslexia.com/) um otimista? 

Descubra mais sobre AMF3

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

error: Conteúdo autoral!