No meio acadêmico brasileiro a expressão filosofia alemã ou francesa é pronunciada sem constrangimento. Mencionar que se estuda o pensamento alemão, seja no romantismo ou a obra de Hegel não gera maiores discussões e a prosa segue direto aos temas levantados por esses pensadores.
Contudo ira causar imediata intervenção acaso mencionar filosofia brasileira ou lusitana. Os Professores de História, assim preferem ser chamados os filósofos tupinikins, irão processar sua repulsa por curto-circuito ou vão utilizar do expediente da total negação do tipo: não sei do que você está falando.
Mas é gritante pensarmos que as ideias também são uma forma de colonizar. Obviamente que alguns temas são universais e que as manifestações particulares cabem aos vários ramos das ciências. Contudo, não se pode passar dessa verdade a coincidência de que apenas os estadunidenses, ingleses, franceses e alemães, (talvez os italianos) produzem filosofia. Obviamente que eles produziram filosofia.
É gritante retomarmos a peleja instalada no Renascimento Italiano, no qual a Igreja utilizou do mesmo expediente para propagar o aristotelismo como sendo algo natural; no qual por curto-circuito só havia ele, como se tal pensamento não fosse coveniete ao poder estabelecido da Igreja.
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