Existe o mito da escola boa. Que forma pessoas muito qualificadas e que irão se dar bem no mercado de trabalho. Esse mito é presente entre ricos e pobres.
Fazer uma escola pública boa no sentido de capacitar a todos e promover mudanças materiais em suas vidas implica em mudar o sistema social econômico em que vive os alunos. Coisa totalmente fora do poder da escola;
A título de exemplificação podemos citar as escolas francesas da atualidade. Abundam pesquisas que demostram vários problemas de “aprendizado” entre os jovens afrodescendentes das periferias de Paris. Tem-se também pesquisas na Alemanha que comprovam a preferencia por jovens alemães; mesmo que os descendentes de turco tenha formação similar. Ou seja, mesmo em países altamente desenvolvidos do ponto de vista da democracia e das experiências econômicas teremos a desigualdade escapando ao poder de uma “escola boa”.
Para finalizar, temos ainda que pensar nas diferenças cognitivas e que no mercado se valoriza algumas. O que exclui do mercado outras; e muitas das vezes povos inteiros. Esconder tais diferenças é evitar o embate; evitar o embate só interessa, por uma lógica patente, aos que estão se dando bem.
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