O Cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, sofreu um “atentado” contra a sua pessoa. Foi atacada por uma mulher dentro da Catedral da Sé aqui em São Paulo, Capital.
Para quem assistiu o video no qual o Cardeal comenta sobre a política nacional sabe o quanto ele é moderado. Chega até mesmo deixar no ar se ele é contra o que se faz ao atual governo ou não.
Contudo, não podemos negar o caráter moderado para conservador do religioso. Dado o modelo da Instituição que preside até me parece ser condizente. Uma instituição que procura se posicionar para além das querelas ordinárias no sentido de tentar abarcar todas as diferenças em seu seio. Seria o papel de pai ou mãe que não fomenta as diferentes entre os filhos.
Mas tenho por certo que o religiosa não é partidário de esquerda. Se olharmos suas intervenções, a qual tem todo direito, nas PUC entre outras instituições Católicas, não nos resta dúvida de que ele não “comunista”. O ataque que a moça lhe faz, que é assustador, sobre falas de que o mesmo seja comunista é um sintoma muito relevante que não podemos deixar passar batido.
A primeira desculpa é classificar a moça/senhora como portadora de necessidade especial ou com transtornos mentais. Assim se ameniza o fato e ressalta o papel “paternos” do religioso. Que acolhe até mesmo os com problemas.
Por outro lado podemos nos perguntar e se não for isso? E se o ataque foi perpetrado por uma fundamentalista de direita? Poderíamos ou teríamos como diferir o que é um fundamentalista? Isso seria o quê? um problema psíquico ou uma opção política?
O Cardeal e os políticos que foram agredidos (sim, verbal ou fisicamente são agressões e são atentados contra as pessoas) devem se empenhar em impedir os discursos de ódio. Ninguém ganhará com um Lobão que divulgou o endereço da casa do Ministro do STF. A violência é violência e ela não é política. É a não-política.