Caio Fábio e a Sociabilidade Ilustrada: trevas e luzes

Caio Fábio e a Sociabilidade Ilustrada: trevas e luzes

Caio Fábio e a Maçonaria: trevas e luzes

 

 

Como salientei nesse em outro texto (pode ser lido aqui) continuo no atual a tratar do tema maçonaria e cristianismo. Como estratégia, tomei como interlocutor textos e vídeos “publicados” no site do renomado Caio Fábio, um pastor cristão protestante. A escolha, como dito noutro texto, se deve à qualidade reflexiva do interlocutor. Não sendo possível dialogar com os “aloprados” do youtube que difama não só a maçonaria, mas as religiões de matriz africana e qualquer outra coisa que não seja os seus próximos.

 

No presente tomei uma carta aberta do pai do Pastor Caio Fábio, Caio Fábio D’Araújo, também pastor, direcionado a um outro amigo. Nas palavras de Caio Fábio, nosso interlocutor:

 

A carta que segue é uma resposta de meu pai (Caio Fábio D’Araújo) ao Dr. Athos Vieira de Andrade, que dele pedia apoio para contestar a medida do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil acerca da Maçonaria.”.

 

Ainda como preâmbulo, há outros 29 textos/vídeos no site (sítio) de Caio Fábio, que serão objetos de outras reflexões futuras. Concentrando no atual, a ideia é comentar ideias que aí expressam posicionamentos que respeitosamente discordamos.

 

E já na apresentação contextualização que Caio Fábio Filho faz temos algo a dizer:

 

“Ora, conquanto meu pai tenha muitas coisas a dizer ao Supremo da IPB, no caso em questão, sendo co-beligerante com a verdade do Evangelho, independentemente dele concordar ou não por inteiro com as medidas conciliares de qualquer tempo, pois, sendo um homem do Evangelho nunca negociou a sua fé (o que com ele aprendi; e não tenho como esquecer) — aqui expressa sua convicção sobre a Maçonaria e acerca da decisão do Supremo Concílio da IPB.”

 

Já manifesta em “(…) sendo um homem do ‘Evangelho’ (aspas nossa) nunca negociou a sua fé (…)”. Indicamos que esse princípio ao qual se apegam os cristãos nada mais é do que uma ideia totalitária. Não se consegue estruturar a própria fé sem o desejo insano de um Deus total. Nada há para além dele. Portanto, se fui “tocado”, perpassado ou qualquer outra metáfora para descrever que faço parte de uma religião como essa, não admito nada fora dela.

 

Esse sistema, para não entrarmos mais nele por enquanto, está na base das perseguições religiosas no geral, e especificamente foi o motor das guerras protestantes no contexto da Europa. Uma religião totalitária em dado momento, ao menos historicamente foi assim, passa as vias de fato. Será sempre inaceitável que exista um algo fora dos domínios desse Deus…

 

Continuando, Caio Fábio adota um estilo do morde assopra ou arranha e esconde a unha. Aliás, em outros vídeos tenho visto isto, e comentarei em outro momento. Aqui, para concluir essa apresentação da carta do pai dele, temos:

 

<< Filho desse verdadeiro apóstolo da simplicidade do Evangelho, e que nada mais quer se não ser servo de Deus e dos homens — conforme sua vida grita até hoje!>>

 

Oras, se o desejo é ser “filho desse verdadeiro apóstolo da simplicidade(…)” porque não deixar, de modo humilde, que exista outras formas de ver o mundo? Ou ainda, abri mão de “combater” outros olhares sobre a vida, já taxando elas, de modo direto e indireto, como coisas abjetas? Da frase acima citada, compreendemos que “apostolo da simplicidade” torna-se cínico.

 

 

Entrando na carta propriamente, e, desse modo, adentrando num debate mais conceitual, não vou me preocupar com o contexto da carta. Quero destacar conceitos e construir reflexões a partir deles.

Ao texto da carta:

 

<<Muitas vezes tenho visto pessoas em dificuldades para exercitarem uma fé simples, exatamente por causa de “saberes contraditórios”.>>

 

Curiosamente essa ideia acima é corolário e até mesmo uma ode à burrice. Num Brasil com índices vergonhosos de analfabetos totais e funcionais, uma observação dessa sempre é um estupendo estimulo que coroa a situação de muitos que frequentam as Igrejas por aí. O próprio Caio Fábio, quando instado a falar de si, por exemplo nos diz que passou uns 30 anos da vida dele tentando ensinar as pessoas. Ponto o qual também concordamos com ele.

 

Contudo, por vários fatores, essa ideia é uma censura “arquetípica” das Igrejas Protestantes da Europa ao movimento cultural Iluminista. Contexto no qual houve um confronto do saber racional, filosófico, com as práticas religiosas e até certo ponto até às teologias. Se por um lado o Iluminismo denunciava que as religiões daquele contexto histórico cultural aproveitavam do “emburrecimento” dos seus fieis em favor de privilégios eclesiásticos, doutro lado essas Igrejas passaram ao ataque propugnando as ideias de que os saberes racionais não nos levam a lugar algum. Retomando querelas lá dos séculos I , II e III que envolvia a Gnose Cristã. Deve-se dizer que também a Igreja Católica fez coro às essas criticas, e ressaltando o caráter total da fé, portanto superior.

 

Seguindo o curso do texto/carta aberta, no parágrafo seguinte temos:

 

<<O que é do homem vai passando… não fica. O que é do Espírito é eterno. Jesus disse que fora Dele tudo o que se vai fazendo – a alma do homem tem capacidade para realizar muitas coisas – é NADA. Pensamentos profundos, filosofias socráticas ou o que for; tudo sem Ele NADA é!>>

 

A ideia acima expressado endossa de modo claro que a razão, como sendo do homem, é algo finita e limitada. Portanto, deve-se submeter às coisas eternas, expressas é claro na Igreja. Igreja que procura se passar desapercebida projetando aquilo que é seu, limitado no tempo, em ideias como “Espírito é eterno”. Selecionando a dedo frases que assim corrobora como “Jesus disse que fora Dele tudo o que se vai fazendo é nada”. Expressando cabalmente a ideia totalitária, que foi muito bem utilizada pelos reis europeus. Ou seja, mesmo no contexto do protestantismo, esse discurso de um Deus total, e que fora dele não há nada, caiu muito bem como forma de exercício de poder. Temas que, aliás, Caio Fábio é um crítico muito pertinente.

 

Ainda sobre o tema do “poder”, concordo plenamente quando Caio Fábio discorre criticando que a presença da maçonaria entre pastores, “assembleianos” por exemplo, consiste muito mais numa estratégia de poder e controle perverso das comunidades religiosas. Creio que aqui temos muito a contribuir e posso dizer que empobrece muito a própria maçonaria quando a ela chegam interesseiros; que rapidamente vão embora.

 

 No próximo parágrafo temos um típico comportamento, expresso no texto, que contribui para o satanismo maçônico. Ao ler o texto, dá de fato um calafrio na atitude do moço. Ao texto:

 

<<Extensas faixas atravessavam a rua de um lado para o outro. Nelas estava escrito: “A Maçonaria saúda o Supremo Concílio na sua reunião ordinária”.>>

<<Eu estava no ônibus ao lado do pr. João Gomes e, surpreso, perguntei-lhe: – “Escute, a nossa igreja tem alguma coisa com a Maçonaria?”  Ele, calmamente, bastante exercitado no ministério, me respondeu: “Infelizmente tem e, nesta mesma ocasião há irmãos candidatos a cargos no Concílio com entusiasmado apoio de irmãos maçons, em concorrência de acentuado critério político”.>>

<<Eu quis voltar da porta, mas ele me disse: “Dr. Caio, ajude-nos na Caminhada!”>>

<<Eu sosseguei e disse comigo mesmo: – “O Senhor esclarecerá!”>>

 

Comunicamos de forma direita e indireta. Nos parágrafos acima temos uma imagem indireta de algo terrível. Aterrorizador. Certamente o pai de Caio Fábio nas linhas acima expressou o que nelas estão. Contudo, em termos semântico, pode-se notar que o moço passou por apuros; “foi uma provação”. Esse terror, esse pânico, não entra nas entranhas da coisa maçonaria; ele é o mesmo movimento que mitifica a maçonaria e que em nada ajuda. O texto acima fica na exterioridade e daí pinta algo terrível, sem explicar o porque. Claro, nas linhas abaixo veremos coisas mais detalhadas, mas nas linhas acima, que certamente encontra eco em várias pessoas que não conhecem os meandros teóricos, que tenho levantado aqui, também fica com calafrios.

 

O parágrafo seguinte da carta denota esse curto circuito. E logo se recorre de modo incondicional, mas jogando para um Espírito Santo, para que essa coisa” saia de perto.

 

Na sequência, e agora vou comentar os parágrafos de maneira solta, sem articular um texto geral; no final farei alguns balanços.

 

Temos, então, no parágrafo abaixo uma mitologia maçônica, a do “grau máximo”.

 

<<Ele então me disse: – “Você faz bem. Sabia que eu fui maçom grau máximo e que deixei tudo de lado por um simples raciocínio que me inquietava”?>>

 

A mitificação em torno do grau funciona assim. Há um grau máximo na maçonaria; se você disser qualquer coisa, logo será dito: mas você não foi o grau máximo, então nem você sabe.  E o famigerado grau é o 33. Nesse tópico se exemplifica o desconhecimento passando por sabedoria. Não há um grau máximo sendo ele 33. Como já escrevemos em vários cantos no blog/site AMF3. Na maçonaria existem métodos de trabalho, para ser algo funcional adotou uns 5 métodos, chamados de rituais. Em nosso curso de Formação de Aprendiz Maçom explicamos isso.  Oras, se tomarmos um desses métodos, nele podemos falar de 33 etapas de formação. Contudo, se ficarmos efetivamente atentos, notaremos que são 3 etapas de formação; se arregalarmos o “zói” e lermos atentamente o roteiro dos três primeiros, notaremos que o essencial ou fundamental estará aí. É reconhecido por vários lados que os demais são complementares; a prova é a de que se admite o Rito de origem alemã Schroeder, com exatamente 3 etapas de formação. 

 

Nesse tópico, infelizmente, é fato que muitos maçons, com baixa formação intelectual, também não notam indicação. E por ser o Rito Escocês Antigo e Aceito o mais praticado no Brasil, acabam por endossar essa fantasia de um grau 33 como sendo a coisa suprema.

 

Continuando o texto comentário, abaixo um exemplo mistificante, simplista, e para uma liderança protestante, que preza pela formação intelectual a qual pessoalmente admiro – vale lembrar a contribuição teológica dos luteranos em geral e no Brasil em especial – algo que me soa má vontade ou um tipo de arrogância de alguém montado numa ideia de totalidade que só as religiões monoteístas conseguem:

 

<<Ele continuou: – “Há muitos maçons honestos, mas, contrariamente, meu filho…”>>

 

E eu pergunto, e nas Igrejas? Católicas, protestantes, evangélicas, pentecostais, neopentecostais? Não há humanos nesses lugares? A questão aqui é essa construção de que nessa instituição há problemas de honestidades, mas nas “nossas” não. A frase é curta, mas carrega nela a construção indireta da desconfiança do outro. É esse não dito que construí toda uma cultura indireta de apreciação desse grupo e não daquele outro. É esse tipo de “naturalização”, que se apresenta de modo breve e tácito, onde as Igrejas construí todo seu ódio ao outro. A questão aqui não é que não haja desonestos, eles existem e eu mesmo posso citar vários famosos; a questão é como se a natureza dessa instituição fosse abrigar tais desonestos, e na nossa não.

 

Vamos ao núcleo da carta, na qual vemos alguns temas fundamentais, contudo embalados em mítica popular. Aqui o mais importante é o conteúdo das linhas, não o autor, se foi Athos (o amigo) ou um padrinho desse amigo.  O texto:

  

<<Eu morava perto da Maçonaria.>> 

<<A cidade encravada nas barrancas alagadiças do rio Purus era cercada da Floresta, obviamente com suas casas construídas de madeira. Assim, facilmente se ouvia sons, ruídos, gritos e palavras do interior do recinto da Loja Maçônica, nas programações variadas.>>

<<Um dia alguém me disse que um iniciante com olhos vendados fora levado à presença de um “venerável” declarando que vinha das trevas em busca de luz.>> 

<<Imediatamente, cruzaram-se-me indagações: trevas, busca de luz, templos (ou lojas), filosofias, batismo, irmandade, segredos a “sete chaves”…!>>

<<E eu ainda não era crente!>>

<<Naquele tempo, meus pensamentos eram apenas pensamentos de uma curiosidade sem respostas.

<<Hoje não!>>

 

A descrição acima certamente sem os atuais meios de comunicação que temos hoje, era algo estranho. Mas trata-se, com hoje se pode encontrar nesse blog ou vários vídeos na internet ou ainda em livros, de um método simbólico de introduzir uma pessoa em dado grupo.

 

Em termos de contexto iluminista, desenvolveu-se a ideia de que a razão “esclarece”, ilumina. Daí a metáfora de idade das luzes, etc. Nesse jogo simbólico temos também “ver” e não ver. A luz é que nos permite ver, o escuro não. Outra fonte importante, que teria sido estudado na escola, é compreender o que foi o movimento cultura iluminista e seu embate com as igrejas. ( O que é o Iluminismo; veja o texto aqui)

 

Sim, não é de hoje que há ideias que combate o apego da cristandade pela não-razão. Se no contexto da religião monoteísta islâmica a razão é um dom de deus (sic) a ser usado, no cristianismo houve um embate já no seu começo entre uma cultura periférica e a cultura dominante helênica, na qual a estratégia de Paulo foi a todo custo se impor; como que cantando vitória mesmo sem logicamente conseguir formular suas questões. A ideia de Paulo de que “a sabedoria em cristo não é desse mundo”, e todo o seu ataque à cultura das elites, acabou produzindo o apreço pela loucura irracional, de um lado, e uma sistemática desconfiança da razão humana, doutro lado.

 

Honestamente, consigo compreender a crítica de Paulo doutra maneira. Contudo, sobretudo no contexto do Cristianismo como religião de Estado, vigorou um apreço pela ignorância; que encontrou ecos nos místicos medievais em confronto aos “dialéticos”, exatamente por esses últimos proporem que usar a razão não afasta de deus.

 

Nessa ode ao irracional vejamos alguns exemplos na carta em debate:

 

<<O Evangelho, na revelação do Espírito, me deu certezas. O Espírito quando opera deixa marcas bem impressivas na alma. Um crente em Cristo Jesus que saiu das trevas para a Sua maravilhosa luz, “nunca – jamais”, em tempo algum, em qualquer circunstância e em qualquer ambiente, pode dizer que está “em trevas em busca de luz”; na tentativa de recebê-la mediante proclamação de um homem feito venerável.>> 

<<Jesus é a Luz. Quem Nele está, não anda em trevas mas, contrariamente a isto tudo, tem a luz da vida.>>

<<Disse mais, que aqueles que estão Nele, são luz; evidenciando o lindo ensino de que os que cremos somos Corpo de Cristo manifestando a Sua vida no mundo em trevas.>>

 

No bloco acima temos a mesma história de uma força sobrenatural que age na pessoa sem que nela algo se mexa. Uma personificação agente vem e faz o “trampo” (trabalho) e pronto; o indivíduo passivamente, que não pediu, agora tem que se “subjugar”, pois, um “bondoso” fez coisas boas para mim.

 

Nesse ponto o confronto proposto pelo iluminismo é de uma razão ativa. Não há essa força “legal” que vem me ajudar e depois pede que eu tome cuidado e não queira agir só, pois esse “ente” bondoso é que é responsável por mim.

 

Aqui o debate se desloca desse texto e espero elaborar outro exatamente no exame de como ao longo da hitória do cristianismo houve sempre uma inibição do pensamento e de como tal prática sempre serviu aos governos das igrejas. Uma história de como o “poder” se deu no interior da cristandade; religião que procurou “castrar” seus fieis do poder, para, exatamente poder exercer total controle sobre seus membros.

 

O tema do Poder é longamente tratado dentro da Filosofia Política. E nesse tópico o correto, para não ficar nos estereótipos exteriores das coisas, é exatamente compreender como as Igrejas cristãs transportaram um tema não teológicos para a teologia. Como o poder entrou nas meditações teológicas; como disputas meramente de poder, ganharam contornos teológicos. Seria muito mais licito admitir que a diferença entre Maçonaria e Cristandade, sobretudo o cristianismo estrutura eclesiástica, é apenas e tão somente uma disputa de poder. A maçonaria e e toda a proposta iluminista era exatamente arrancar esse poder das igrejas e delega-los às pessoas; a uma lógica racional.

 

Desviar o tema desse lugar é ficar enrolando como segue a carta. Vejamos:

 

<<Meu irmão Athos: falaram-me em segredos; etc. Para nós, em Cristo não pode existir algo desse jaez. Se são coisas más, não devem estar conosco; se são coisas boas, devem estar ao alcance de todos. Em Jesus, não cabe egoísmo fisiologista ou classe ou categoria. Há sim, espírito de humildade, de cooperação, de compartilhar em edificação, para alegria, santidade e crescimento do Corpo no qual todos devem ser um, estando em UM só.>>

 

Aqui temos duas questões. A primeira é como fica aquela ideia de que Jesus Cristo chamou os discípulos para dizer que algumas coisas só a eles Ele falava? (não vou recorrer ao texto específico; mas se for o caso postaremos no comentário) Depois, como explicar aquela outra ideia de Jesus sobre falar em “parábolas”?

 

A segunda questão, de segredo e sua função didática, é instigar às pessoas a desejarem conhecer. Esse tema é clássico em Platão. Depois, só uma mente neurótica trata o desconhecido como já sendo coisa má. No caso da religião totalitária, como princípio de exclusão de algo fora dela, ocorre que o desconhecido precisa ser dominado e submetido aos ditames de poder da minha fé. Nesse contexto, falar em desconhecido é mexer nisso, é dizer que há algo para além. Sendo assim, logo entendemos os motivos de total asco pelo desconhecido, por ideias de que há zonas as quais não há o domínio da minha totalidade.

 

A Maçonaria como o Iluminismo propõe que há o desconhecido, resta-nos a humildade em apreender; sabendo que necessariamente escapará milhares de coisas à nossa mente. É a isso que em Espinosa causou tanta ira de todas as comunidades de seu tempo, nós somos limitados. Entre várias outras coisas que o pensador luso-holandês (luso-judeu-nerlandês) produziu, essa da limitação do homem foi uma das que mais provocaram a todos de seu tempo.

 

A carta chega ao fim sem outras ideias fundamentais a serem debatidas.

 

Devo retomar algumas vezes esse texto para correções, ajustes, adições de comentários.

Sempre registrarei as datas das revisões.


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