Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida
O
conteúdo do texto objeto dessa síntese procura apresentar o que é; como
fazer e quem faz o aconselhamento pastoral junto a pessoas portadoras de
VIH. Com essa estrutura o texto tem como pretensão cobrir de modo sintético
toda a estrutura desse agir no interior de uma comunidade de fé cristã.
conteúdo do texto objeto dessa síntese procura apresentar o que é; como
fazer e quem faz o aconselhamento pastoral junto a pessoas portadoras de
VIH. Com essa estrutura o texto tem como pretensão cobrir de modo sintético
toda a estrutura desse agir no interior de uma comunidade de fé cristã.
O
texto, sob meu julgamento, apresenta contradições e articulação frágeis. Ora
tem pretensão universal, ora se manifesta como instrumento de ação em apenas
uma dimensão da vida social. Por exemplo: “aconselhamento pastoral é uma ajuda,
sentimento de compaixão que dá oportunidade nos problemas de fé e também espirituais.”(p.26) Um
pouco antes e na mesma página temos: “Aconselhamento
(pastoral) é a conversa que tem como propósito e objetivo dar apoio a pessoa,
afim de dar cura e crescimento pessoal”. Enfim, afinal, é uma proposta que tem
por objetivo promover o indivíduo no interior da fé cristã ou como individuo que,
aliás, pode optar por se recusar querer pensar sua questão com os termos da fé
cristã?
texto, sob meu julgamento, apresenta contradições e articulação frágeis. Ora
tem pretensão universal, ora se manifesta como instrumento de ação em apenas
uma dimensão da vida social. Por exemplo: “aconselhamento pastoral é uma ajuda,
sentimento de compaixão que dá oportunidade nos problemas de fé e também espirituais.”(p.26) Um
pouco antes e na mesma página temos: “Aconselhamento
(pastoral) é a conversa que tem como propósito e objetivo dar apoio a pessoa,
afim de dar cura e crescimento pessoal”. Enfim, afinal, é uma proposta que tem
por objetivo promover o indivíduo no interior da fé cristã ou como individuo que,
aliás, pode optar por se recusar querer pensar sua questão com os termos da fé
cristã?
Em
seguida o texto procura expor como é. Nesse sentido o que se destaca é a idéia de
propiciar um ambiente “livre” e de confiança para que o portador de VIH possa colocar
suas questões sem os receios discriminatórios corrente na sociedade. Certamente
um desafio para quem sem dispõe a atuar como conselheiro pastoral. O
“aconselhamento pastoral permite a história rolar como ela é”(p.28). Inclusive,
no caso do estigma comum dentro das igrejas em relacionar essa síndrome com
questões sexuais e pecaminosas, o que requer habilidade do conselheiro.
seguida o texto procura expor como é. Nesse sentido o que se destaca é a idéia de
propiciar um ambiente “livre” e de confiança para que o portador de VIH possa colocar
suas questões sem os receios discriminatórios corrente na sociedade. Certamente
um desafio para quem sem dispõe a atuar como conselheiro pastoral. O
“aconselhamento pastoral permite a história rolar como ela é”(p.28). Inclusive,
no caso do estigma comum dentro das igrejas em relacionar essa síndrome com
questões sexuais e pecaminosas, o que requer habilidade do conselheiro.
Outra
etapa do texto é quem dá
aconselhamento pastoral? “Aconselhamento pastoral não é uma tarefa assumida por
pastores, ministros ou padres” (p.28). Portanto, “os conselheiros mais efectivos nesse processo
de cura e crescimento das pessoas são aqueles(as) que vivem positivamente com o
VIH”. Revelando uma oscilação entre o uso de conhecimento profissional, “usando
a psicologia[…] (p.28)”, a “condição” de infectados, pois esses serão “mais
efectivos”.
etapa do texto é quem dá
aconselhamento pastoral? “Aconselhamento pastoral não é uma tarefa assumida por
pastores, ministros ou padres” (p.28). Portanto, “os conselheiros mais efectivos nesse processo
de cura e crescimento das pessoas são aqueles(as) que vivem positivamente com o
VIH”. Revelando uma oscilação entre o uso de conhecimento profissional, “usando
a psicologia[…] (p.28)”, a “condição” de infectados, pois esses serão “mais
efectivos”.
Encerrando
o roteiro para ser um conselheiro
pastoral o texto nos propõe um conjunto de atitudes como empatia,
aceitação, genuidade, etc. Percorrendo um caminho que tem semelhanças a posição
de um psicanalista no “setting”
psicanalítico, isto, as condições necessárias para que o psicanalista consiga
executar seu trabalho.
o roteiro para ser um conselheiro
pastoral o texto nos propõe um conjunto de atitudes como empatia,
aceitação, genuidade, etc. Percorrendo um caminho que tem semelhanças a posição
de um psicanalista no “setting”
psicanalítico, isto, as condições necessárias para que o psicanalista consiga
executar seu trabalho.
A segunda etapa desse trabalho é verificar o
desafio do Aconselhamento Pastoral com ou junto a portadores de HIV(VIH), isto
é, como eu na minha vida prática lido com a questão. Um desafio pertinente,
porém, como não exerço ministério algum e não participo de comunidade alguma,
posso apenas ensaiar algumas observações a partir de minha prática profissional
no Instituto Kora, uma clinica de psicologia.
desafio do Aconselhamento Pastoral com ou junto a portadores de HIV(VIH), isto
é, como eu na minha vida prática lido com a questão. Um desafio pertinente,
porém, como não exerço ministério algum e não participo de comunidade alguma,
posso apenas ensaiar algumas observações a partir de minha prática profissional
no Instituto Kora, uma clinica de psicologia.
A minha principal questão no que
toca a idéia de aconselhamento pastoral é que dentro das comunidades critãs o
HIV é identificado com sexo. Em seguida com a homossexualidade. Nesse contexto,
a última coisa que um portador de HIV sente é o acolhimento. Em casos extremos
já foi até verificado uma “psicóloga” vinculada a uma Igreja que prometia
“curar o homossexualismo”. Penso que no seio das comunidades religiosas “AIDS é
igual a homossexualismo”.
toca a idéia de aconselhamento pastoral é que dentro das comunidades critãs o
HIV é identificado com sexo. Em seguida com a homossexualidade. Nesse contexto,
a última coisa que um portador de HIV sente é o acolhimento. Em casos extremos
já foi até verificado uma “psicóloga” vinculada a uma Igreja que prometia
“curar o homossexualismo”. Penso que no seio das comunidades religiosas “AIDS é
igual a homossexualismo”.
A primeira questão, portando é o
aconselhamento se libertar do compromisso eclesiástico; reconhecer os seus
limites. Reconhecer que a melhor contribuição não é “tentar” de modo amador
“ajudar”. Os dramas psíquicos por que passam o portador de HIV deve ser
considerado por um profissional qualificado e não por um repetidor de frases da
bíblia. Ou por alguém que tem boa vontade. A convivência comunitária, seja na
tradição cristã ou em outra, deve existir, mas não se pode tentar fazer dessa
convivência uma prática profissional de ajuda. Seria como ser “amigo
profissional”.
aconselhamento se libertar do compromisso eclesiástico; reconhecer os seus
limites. Reconhecer que a melhor contribuição não é “tentar” de modo amador
“ajudar”. Os dramas psíquicos por que passam o portador de HIV deve ser
considerado por um profissional qualificado e não por um repetidor de frases da
bíblia. Ou por alguém que tem boa vontade. A convivência comunitária, seja na
tradição cristã ou em outra, deve existir, mas não se pode tentar fazer dessa
convivência uma prática profissional de ajuda. Seria como ser “amigo
profissional”.
Dificilmente o portador de HIV terá
um “setting” necessário para se sentir livre. Por exemplo, se ele for
homossexual e por isso ter contraído o HIV, como conciliar isso com os dogmas
cristãos? Logo, irão tomar a homossexualidade como causa do “mau”.
um “setting” necessário para se sentir livre. Por exemplo, se ele for
homossexual e por isso ter contraído o HIV, como conciliar isso com os dogmas
cristãos? Logo, irão tomar a homossexualidade como causa do “mau”.
Penso que o pastor deve atuar como
teólogo quando estiver no ato de cultivo existencial dos fiéis. Porém, quando
ele for à creche que sua paróquia mantém, ele precisa ser pedagogo; quando ele for ao hospital que Igreja possui
ele deve ser médico; e não é diferente quanto ele ou alguém delegado na
comunidade para ocupar a função de conselheiro pastoral. Deve-se delegar essa
função para um profissional com formação em psicanálise.
teólogo quando estiver no ato de cultivo existencial dos fiéis. Porém, quando
ele for à creche que sua paróquia mantém, ele precisa ser pedagogo; quando ele for ao hospital que Igreja possui
ele deve ser médico; e não é diferente quanto ele ou alguém delegado na
comunidade para ocupar a função de conselheiro pastoral. Deve-se delegar essa
função para um profissional com formação em psicanálise.